Exames foram feitos com intervalos superiores a 90 dias, entre um e outro.
Os três testes para detecção da doença foram realizados em laboratórios particulares, em João Pessoa (veja as datas abaixo).
1º teste - 17 de junho de 2020
2º teste - 17 de novembro de 2020
3º teste - 26 de fevereiro de 2021
A diretora técnica do Lacen-PB, Dalane Loudal, explicou que ainda não é possível afirmar se o caso se trata de uma reinfecção, mas se encaixa como uma situação suspeita.
“São três exames com intervalo de mais de 90 dias [entre um e outro], o que caracteriza um caso suspeito de reinfecção. O que vai confirmar é o sequenciamento”, relatou Dalane.
Ainda conforme a diretora do Lacen, se os três resultados positivos tiverem sido causados por duas ou três variantes do coronavírus, o caso deve se tratar de uma reinfecção.
No entanto, se foram causados por uma mesma variante, pode se tratar de um cenário de excreção prolongada. Nesse caso, o paciente continua com a infecção por um tempo maior do que o convencional e expele partículas do vírus que são detectadas nos exames. Mas, sem necessariamente, ter a capacidade de transmiti-lo.
A diretora informou que vai partir para a investigação epidemiológica das amostras, que serão solicitadas aos laboratórios em que os testes foram feitos.
Se houver carga viral suficiente, elas serão enviadas para a Fio Cruz, no Rio de Janeiro, ou o Instituto Evandro Chagas, no Pará, para que passem por um sequenciamento genético.
Ao todo, a Paraíba tem 11 variantes do coronavírus identificadas. Uma delas é a que circula no Amazonas. Um caso de reinfecção pela doença foi confirmado no estado. A paciente é uma médica de 37 anos que mora em Natal e trabalha também na Paraíba.