Desde o último domingo, dia 29, que as mulheres que trabalham em diversos setores do hospital vêm sofrendo violência psicológica através de ramais telefônicos que estão instalados para facilitar a comunicação interna.
Em Patos
Desde o último domingo, dia 29, que as mulheres que trabalham em diversos setores do hospital vêm sofrendo violência psicológica através de ramais telefônicos que estão instalados para facilitar a comunicação interna.
Os constrangimentos já foram vivenciados por funcionárias dos setores de ortopedia, farmácia, área verde, sala de AVC, da clínica cirúrgica e até do setor de regulação médica. As ligações têm origem interna por ramal telefônico, pois se observa que o som do toque é diferente das ligações externas.
Do outro lado da linha está um homem que vem sendo chamado de “maníaco do ramal”. O homem começa a empreitada sempre tarde da noite ou mesmo nas madrugadas. Ele sempre começa quando sabe que tem mulheres no plantão.
O maníaco vem assustando e amedrontando as mulheres com palavras obscenas, faz convites constrangedores e sempre usa um pano próximo da boca para distorcer a voz diante das ligações cada vez mais constantes e com intenções imorais e perturbadoras.
Na manhã desta quinta-feira, dia 03, a reportagem conversou com uma das funcionárias que foi vítima do assédio sexual. Ela relatou que o caso foi levado para a coordenação de administração, porém nenhuma providência foi tomada para descobrir de onde parte as ligações cada vez mais rotineiras.
O fato também foi levado ao conhecimento do diretor do Complexo Hospitalar Regional. Francisco Guedes não se posicionou após tomar ciência do caso constrangedor. A reportagem contatou o diretor na manhã desta quinta-feira, mas até o momento não obteve retorno.
Uma funcionária buscou a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher. Ela relatou que os agentes não quiseram registrar o Boletim de Ocorrência e a orientaram para se deslocar até a Delegacia de Polícia Civil, mas lá também foi negado o registro da queixa. A funcionária disse que pediram para que ela falasse antes com o delegado plantonista, no entanto, este estava ausente. Como o delegado não estava, a funcionária se sentiu constrangida e desencorajada de dar seguimento.
“Estamos com medo! Já sabemos das intenções desse maníaco e temos medo que ele faça algo nos locais em que estamos sozinhas ou mesmo em espaços mais esquisitos na noite. Acho que existe formas de descobrir quem está fazendo isso e tomar providências. Várias colegas relataram que estão sendo constrangidas, mas nada é feito pela direção e nem pelos órgãos que poderiam ajudar”, relatou a funcionária que pediu para não ser identificada.
Dois funcionários relataram que o caso do maníaco também está ocorrendo na Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos.
Fonte: Patos Online