Em
nota, a Diretora do Hospital Distrital de Itaporanga (PB), Rogéria
Diniz, esclarece os fatos sobre o paciente da cidade de Diamante que
procurou atendimento na noite deste domingo (07).
A Coordenadora do Samu de Diamante também emitiu os seus esclarecimentos. Leia na integra os dois textos:
Nota do HDI
Em
resposta ao fato ocorrido em 07-O6-2020 às 21h16min, deu entrada no
serviço trazido pelo SAMU (USB-16) da cidade Diamante, o paciente J.L.G,
19 anos, sexo masculino, apresentando sintomas respiratórios e febre há
2 (dois) dias.
Esclareço
que o Hospital Distrital de Itaporanga Dr. José Gomes da Silva – HDI,
NÃO é referência para COVID-19, temos leitos de isolamento disponíveis
para demandas espontâneas e não referenciados. Informo ainda que, não
foi regulado vaga para o paciente acima citado pela Central de Regulação
do SAMU, mesmo assim, o médico plantonista do HDI acionou o NIR (Núcleo
Interno de Regulação) do serviço para solicitação de vaga deste
paciente. Às 23h15min a vaga foi liberada pela CENTRAL ESTADUAL DE
REGULAÇÃO HOSPITALAR – COVID-19, para o Hospital Regional de Piancó,
porém o SAMU (USB-16) já teria retornado com o paciente para o município
de origem às 22h59min, conforme visto pelas câmeras de monitoramento,
não aguardando resposta da Central de Regulação.
OBS:
Mesmo o paciente sendo suspeito de COVID-19, os profissionais do SAMU,
não podem estar circulando dentro de todos os setores de hospitais, como
ocorreu no caso em questão.
Nota do SAMU
As
20:00h do dia 07/06/2020 a equipe da USB-16 Diamante foi chamada para
uma ocorrência de natureza suspeita de Covid-19, o paciente já se
encontrava de frente a base do SAMU. Após verificação dos sinais vitais,
foi constatado pela equipe que o paciente estava com uma febre alta
(41,4°C), dispneia (falta de ar). Foi regulado, medicado e encaminhado
para HDI, hospital de referência para todos os casos da USB 16. Chegamos
no hospital, ao descermos da VIR, fomos informados que o paciente não
podia adentrar o recinto, apenas a enfermeira da USB 16 iria passar o
caso para o médico. O médico pedia para verificar novamente todos os
sinais vitais, o que foi feito pela equipe do SAMU, o mesmo ainda se
encontrava com dificuldades respiratória e a febre já vinha baixando
mais (39,3°C). O médico disse que iria regular a vaga para o hospital de
referência, mais o paciente continuava lá fora. Depois de 1h de espera,
a enfermeira procurou o médico do hospital para relatar que o paciente
já se encontrava estável, a dispneia e a febre tinham passado (pois foi
medicado pela equipe do SAMU, prescrito pelo médico regulador), mas o
mesmo disse que iria encaminhar. Nessa ocasião a enfermeira relatou ao
médico sua indignação com o despreparo da equipe do HDI, além do
preconceito com o paciente e a equipe do SAMU. A enfermeira do SAMU
procurou a enfermeira do hospital que faz a regulação várias vezes, mas
não obteve resposta. Após quase duas horas de espera, a família que
também tentou falar com o médico e não obteve resposta, resolveu levar o
paciente pra casa, assinado o termo de responsabilidade. Temos os
horários confirmados pela equipe central de regulação, o horário de
chegado e saída do hospital além das imagens tiradas por populares no
local.
Ana Fábia Campos dos Santos – Coordenadora
Diamante-PB, 08/06/2020