Pedido de impedimento de João Azevêdo e Lígia Feliciano com assinatura de 11 deputados estaduais foi apresentado por Wallber Virgolino nesta quarta-feira (5).
Um pedido de impeachment do governador
da Paraíba João Azevêdo (Cidadania) e da vice-governadora Lígia
Feliciano (PDT) foi protocolado pelo deputado estadual Wallber Virgolino
(Patriotas) na Assembleia Legislativa da Paraíba na manhã desta
quarta-feira (5), dia em que a casa legislativa retornou aos trabalhos
em 2020.
No documento, o parlamentar afirma que o
impedimento do governador e da vice-governadora se justifica pelos
crimes desvelados dentro do processo da Operação Calvário, que resultou
na prisão de ex-secretários da gestão de João Azevêdo e também do
ex-governador Ricardo Coutinho.
O governador João Azevêdo explicou que
encara o registro do pedido de impeachment com naturalidade de qualquer
processo democrático. "Eu entendo perfeitamente esse tipo de posição,
aliás, nós estamos em um ano de eleição. Evidentemente que muitas vezes
se tentar usar determinadas coisas muito mais como palanque do que como
realidade. Encaro com completa naturalidade e isso está agora a cargo da
Assembleia", comentou.
O pedido indica que o impeachment é
cabível “pela prática dos crimes de não tornar efetiva a
responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos
funcionais; e proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o
decoro do cargo”. No documento constam assinaturas de 11 deputados
estaduais da Paraíba.
Ainda conforme a denúncia, “não pode
haver dúvida de que a chapa eleitoral formada pelo sr. governador atual e
sua vice sagrou-se vitoriosa através de uma eleição fraudada pelo uso
escancarado da corrupção do governo que lhe dava sustentação, do qual
ambos participaram como integrantes”.
Deputados estaduais da Paraíba
retornaram ao trabalho em 2020 nesta quarta-feira — Foto:
Divulgação/ALPBDeputados estaduais da Paraíba retornaram ao trabalho em
2020 nesta quarta-feira — Foto: Divulgação/ALPB
Deputados estaduais da Paraíba retornaram ao trabalho em 2020 nesta quarta-feira — Foto: Divulgação/ALPB
O deputado Wallber Virgolino justifica
também que o governador João Azevêdo, no início de 2019 decidiu pela
manutenção das operações por meio de Organizações Sociais, mesmo com os
indícios de irregularidades apontados na operação Calvário.
Posteriormente, não teve autoridade para “afastar os subordinados
comprometidos com a desordem ética e moral dominantes”.
Por fim, o parlamentar, que compõem a
bancada de oposição ao governador da Paraíba, defende que áudios e
demais provas colhidas nas investigações corroboram com a necessidade de
afastamento de João Azevêdo e Lígia Feliciano. Wallber Virgolino afirma
na denúncia que João age para encobrir os fatos.