Depois de perder o pai, seu esteio, o rapaz perdeu também o rumo e encontrou uma depressão no caminho.
“Viver, na era digital, é muito
perigoso”, diz o jornalista Fernando Gabeira na sua coluna de hoje, em O
Globo. E é mesmo, que o diga Neymar, artilheiro em fase crítica depois
de escândalo propagado na Internet.
Nunca a privacidade esteve tão exposta e
vulnerável. Os aplicativos de conversas agravam a fragilidade. Basta um
print e lá vem o pandemônio.
Mas nem só de vazamentos, fake news, ataques de robôs e injúrias vivem as redes sociais.
A Paraíba deu um bom exemplo esses dias.
Quem não ouviu falar na história de
Leandro? O jovem formado em Odontologia estava vivendo em condições
precárias num barraco no bairro de Mandacaru, em João Pessoa.
Depois de perder o pai, seu esteio, o rapaz perdeu também o rumo e encontrou uma depressão no caminho.
Sua vida se deteriorou até que alguém
foi até ele. Com um celular na mão, abriu-se a câmera para Leandro,
sentado numa rede, contar seu dilema.
Cássio Gadelha, também dentista e
testemunha de quem foi o ex-contemporâneo de curso, recebeu o material e
compartilhou a história para o mundo.
O drama e a hastag #TodosporLeandro comoveram, mobilizaram, engajaram.
Em questão de horas, Leandro ganhou
oportunidade de emprego, casa mobilidade e uma vaquinha virtual
arrecadou mais de R$ 100 mil.
O dentista está de sorriso novo na face e
a corrente do bem provou que ainda dá pra acreditar no ser humano. Até
nas redes, onde sobra perigo, mas não falta solidariedade.
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