Na próxima quarta-feira, dia 28, será celebrado em grande estilo, por familiares, amigos e admiradores, o centenário de nascimento do empresário e ex-deputado federal paraibano Teotônio Neto, natural da cidade de Santana dos Garrotes, na região do Vale do Piancó.
Construtor de empreendimentos no Estado como o jornal “Correio da Paraíba” e o extinto Moinho Teone.
O empresário e diretor da CNI, Roberto Cavalcanti, que assumiu e consolidou empresas do Sistema Correio de Comunicação, publica artigo na edição impressa do jornal, hoje, informando que estará presente às homenagens a Teotônio no Rio de Janeiro, onde ele reside. “Ainda não é para todos os mortais a glória de viver 100 anos”, comenta Roberto Cavalcanti.
Teotônio Neto começou trabalhando na fazenda dos avós, em Santana dos Garrotes, onde fazia de tudo e, com seu esforço e visão, teve participação marcante na vida econômica e política da Paraíba e do Brasil – observa Roberto Cavalcanti, acrescentando: “A terra natal era pequena para os sonhos de Teotônio e ele mudou-se para João Pessoa. Para bancar seus estudos, foi balconista de loja, escriturário, vendedor de carros e atuou na área de seguros e exportações. Eleito presidente da Sociedade Literária Rui Barbosa, deu personalidade jurídica à instituição e enriqueceu o acervo de sua biblioteca. Chamou a atenção do padre Carlos Coelho, que comandava o jornal “A Imprensa” e o convidou para integrar a equipe. Quando o jornal foi fechado após publicar matéria que desagradou o governo, ele fundou sua primeira empresa, a Teotônio Neto Representações em plena Segunda Guerra Mundial. Como tinha sido conquistado pela Comunicação, em 1953 lançou o jornal Correio da Paraíba. Em 1968 colocou no ar a rádio Correio AM”, relata Roberto Cavalcanti.
Ele lembra que, inovador, Teotônio, ainda na década de 1950, criou as Organizações “Teone” e acrescentou ao portfólio uma editora e uma livraria. Atuou, ainda, em mineração e no ramo da construção, com a construtora Credicasa. Foi pioneiro na indústria: construiu o primeiro moinho de trigo da Paraíba, o Cabedelo, que inaugurou em 1955. Foi ele quem criou a primeira indústria incentivada pela Sudene no Estado, a fábrica de implementos agrícolas Imensa. Também fundou a cooperativa mista do Vale do Piancó, com usina própria para beneficiamento de algodão. E atuou na agropecuária, na Paraíba e em outros Estados.
– Como era e é um iluminado – prossegue Roberto Cavalcanti – Teotônio Neto fundou o Banco Real do Norte, que por sinal foi o primeiro com atendimento 24 horas do dia. Da calçada, o cliente acessava uma gaveta, na qual depositava envelope com o dinheiro que seria devidamente registrado na sua conta. Preparado, ousado e inspirado, Teotônio Neto ainda encontrou tempo para a política. Elegeu-se deputado federal em 1962 e foi reeleito, duas vezes, e nos três mandatos a sua atuação foi marcante”.Chegou a ser cogitado para vice-governador da Paraíba. Segundo Roberto Cavalcanti, sua amizade com Teotônio começou quando da negociação do “Correio da Paraíba”. Teotônio queria vender o jornal e coube ao então governador Tarcísio Burity apresentar-lhe Roberto Cavalcanti e seu primo, Paulo Brandão, “visionário da área de comunicação no nosso grupo –todas nascidas em 28 de novembro, na década de 1970”. Paulo Brandão foi assassinado em 1984, com 33 tiros de metralhadora, quando deixava o expediente no começo da noite, na indústria Polyutil, no Distrito Industrial de João Pessoa.
As investigações apontaram conexão da Casa Militar do governo Wilson Braga com o crime – o “Correio da Paraíba” vinha divulgando reportagens com acusações de irregularidades que respingavam na administração de Wilson. Para Roberto Cavalcanti, Teotônio Neto não é só um símbolo – “é um símbolo vivo”. Ele anota que desde a transação para a negociação do “Correio da Paraíba”, estreitou relações com Teotônio Neto, a ponto de considerar-se filho adotivo. “Ouço que é uma raridade no mundo empresarial um comprador manter boas relações com o vendedor. Minha resposta é sempre a mesma: já sou da família’. Na quarta-feira, Roberto estará ao lado dos filhos e netos de Teotônio, “festejando os 100 anos de um cidadão ímpar em todos os sentidos”.
Construtor de empreendimentos no Estado como o jornal “Correio da Paraíba” e o extinto Moinho Teone.
O empresário e diretor da CNI, Roberto Cavalcanti, que assumiu e consolidou empresas do Sistema Correio de Comunicação, publica artigo na edição impressa do jornal, hoje, informando que estará presente às homenagens a Teotônio no Rio de Janeiro, onde ele reside. “Ainda não é para todos os mortais a glória de viver 100 anos”, comenta Roberto Cavalcanti.
Teotônio Neto começou trabalhando na fazenda dos avós, em Santana dos Garrotes, onde fazia de tudo e, com seu esforço e visão, teve participação marcante na vida econômica e política da Paraíba e do Brasil – observa Roberto Cavalcanti, acrescentando: “A terra natal era pequena para os sonhos de Teotônio e ele mudou-se para João Pessoa. Para bancar seus estudos, foi balconista de loja, escriturário, vendedor de carros e atuou na área de seguros e exportações. Eleito presidente da Sociedade Literária Rui Barbosa, deu personalidade jurídica à instituição e enriqueceu o acervo de sua biblioteca. Chamou a atenção do padre Carlos Coelho, que comandava o jornal “A Imprensa” e o convidou para integrar a equipe. Quando o jornal foi fechado após publicar matéria que desagradou o governo, ele fundou sua primeira empresa, a Teotônio Neto Representações em plena Segunda Guerra Mundial. Como tinha sido conquistado pela Comunicação, em 1953 lançou o jornal Correio da Paraíba. Em 1968 colocou no ar a rádio Correio AM”, relata Roberto Cavalcanti.
Ele lembra que, inovador, Teotônio, ainda na década de 1950, criou as Organizações “Teone” e acrescentou ao portfólio uma editora e uma livraria. Atuou, ainda, em mineração e no ramo da construção, com a construtora Credicasa. Foi pioneiro na indústria: construiu o primeiro moinho de trigo da Paraíba, o Cabedelo, que inaugurou em 1955. Foi ele quem criou a primeira indústria incentivada pela Sudene no Estado, a fábrica de implementos agrícolas Imensa. Também fundou a cooperativa mista do Vale do Piancó, com usina própria para beneficiamento de algodão. E atuou na agropecuária, na Paraíba e em outros Estados.
– Como era e é um iluminado – prossegue Roberto Cavalcanti – Teotônio Neto fundou o Banco Real do Norte, que por sinal foi o primeiro com atendimento 24 horas do dia. Da calçada, o cliente acessava uma gaveta, na qual depositava envelope com o dinheiro que seria devidamente registrado na sua conta. Preparado, ousado e inspirado, Teotônio Neto ainda encontrou tempo para a política. Elegeu-se deputado federal em 1962 e foi reeleito, duas vezes, e nos três mandatos a sua atuação foi marcante”.Chegou a ser cogitado para vice-governador da Paraíba. Segundo Roberto Cavalcanti, sua amizade com Teotônio começou quando da negociação do “Correio da Paraíba”. Teotônio queria vender o jornal e coube ao então governador Tarcísio Burity apresentar-lhe Roberto Cavalcanti e seu primo, Paulo Brandão, “visionário da área de comunicação no nosso grupo –todas nascidas em 28 de novembro, na década de 1970”. Paulo Brandão foi assassinado em 1984, com 33 tiros de metralhadora, quando deixava o expediente no começo da noite, na indústria Polyutil, no Distrito Industrial de João Pessoa.
As investigações apontaram conexão da Casa Militar do governo Wilson Braga com o crime – o “Correio da Paraíba” vinha divulgando reportagens com acusações de irregularidades que respingavam na administração de Wilson. Para Roberto Cavalcanti, Teotônio Neto não é só um símbolo – “é um símbolo vivo”. Ele anota que desde a transação para a negociação do “Correio da Paraíba”, estreitou relações com Teotônio Neto, a ponto de considerar-se filho adotivo. “Ouço que é uma raridade no mundo empresarial um comprador manter boas relações com o vendedor. Minha resposta é sempre a mesma: já sou da família’. Na quarta-feira, Roberto estará ao lado dos filhos e netos de Teotônio, “festejando os 100 anos de um cidadão ímpar em todos os sentidos”.
oblogdepianco.com.br com fonte de Os Guedes