Ao DOL, Damir refutou a alegação de que o móvel do crime tenha sido a suposta não aceitação de uma separação
Em carta exclusiva, enviada à redação do
Portal DiamanteOnline (DOL), o sub-tenente Damião Soares Gomes “Damir”,
que encontra-se preso desde o dia 26 de janeiro desse ano, na Sede do
3º Batalhão de Policia Militar na cidade de Patos (PB), por ser acusado
de matar a própria esposa na cidade de Itaporanga (PB), falou pela
primeira vez à imprensa, e deu sua versão.
Na carta, o policial disse que foi preso
após sua apresentação espontânea e em virtude de prisão preventiva. Ele
falou que sua prisão teria sido decretada às pressas a requerimento da
autoridade policial e do Ministério Público, convalidada pelo juiz da 1ª
Vara da Comarca de Itaporanga.
“A minha prisão baseou-se na época, em
laudo que apontava inicialmente a existência de disparos de arma de fogo
contra a vítima, Jaqueline Fabrícia de Araújo, e com base em depoimento
exclusivo do irmão e da cunhada da vítima” pontuou.
Denunciado em prazo recorde de 04
(quatro) dias, o processo contra o Damir seguiu seu curso, vindo o
acusado a ser pronunciado no mês de maio.
Na carta, Damir revelou que a versão
acusatória não se sustenta em razão de que a prova técnica (laudo
pericial), confirma a versão dada por ele, de um único disparo efetivado
de forma acidental, contrariando expressamente a declaração médica
inicial de vários disparos, cujo fato se deu, quando o casal (Damir X
Jaqueline) travaram uma luta corporal no interior de sua residência.
“O fato aconteceu no momento que eu
tentava desarmar a minha companheira que havia aproveitado de um
descuido e apanhado a arma, preferia mil vezes que aquele disparo
tivesse me acertado”, enfatizou.
O fato que teve apuração recorde, causou
muita repercussão, e hoje o acusado tenta provar a sua inocência,
buscando e comprovando no processo que não possuía intenção feminicida e
que depois do disparo acidental, acionou o COPOM, bem como, buscou
ajuda com vizinhos e outros, para salvar sua companheira.
Ao DOL, Damir refutou a alegação de que o
móvel do crime tenha sido a suposta não aceitação de uma separação.
“Nós convivíamos em perfeita harmonia e inclusive fui o padrinho de
formatura da minha companheira, que seu deu na Câmara Municipal de
Piancó, fato presenciado por todos os amigos e familiares, depois fomos
comemorar numa pizzaria em Itaporanga”, disse.
O processo contra o Policial encontra-se
em grau de recurso junto ao Tribunal de Justiça da Paraíba, e
atualmente há um pedido de Habeas Corpus em tramitação junto ao Superior
Tribunal de Justiça onde se discute a liberdade do acusado.