Ossos que seriam de Victória Albuquerque foram levados
para perícia em agosto do ano passado e família ainda reivindica
devolução dos restos mortais
Autor: Redação do Portal
A família da jovem Victória Albuquerque, morta no ano passado no
município de Cajazeiras, no Sertão paraibano, a 490 quilômetros de João
Pessoa, ainda não teve o direito de enterrar os restos mortais da
garota. Victória desapareceu em julho e, no dia 15 de agosto, um
agricultor encontrou os ossos que seriam da vítima. O material foi
recolhido para perícia, mas nunca devolvido aos familiares, que lamentam
não terem oportunidade de dar um enterro digno à jovem.
Em entrevista à TV Sertão da Paraíba, a mãe de Victória, Verônica
Albuquerque, lamentou a demora nos trâmites legais e apelou para o apoio
das autoridades, incluindo o governador Ricardo Coutinho (PSB).
“Já que ele decidiu ficar no governo, que ele olhe para o povo. E eu
sou esse povo que colocou o senhor no poder. Então, eu tenho o direito
de receber os restos mortais da minha filha. Eu faço esse apelo”, disse a
mulher.
DNA inconclusivo
Ao Portal Correio, o diretor-geral do Instituto de Perícia Científica
(IPC), Israel Aureliano, afirmou que já foram feitos 12 exames de DNA a
partir dos restos mortais da jovem e de material genético de
familiares, mas todos os exames foram inconclusivos para determinar se
os restos mortais são de Victória Albuquerque.
“Nossa dificuldade é que não ainda conseguimos estabelecer ligação
genética de DNA entre os retos mortais e o material genético dos
familiares. O exame pode dar três resultados: positivo, em caso de
material genético sendo da jovem; negativo, caso o material não sendo
dela; e inconclusivo, quando não conseguimos definir se o material é ou
não dela. Até agora só obtivemos resultado inconclusivo”, disse Israel
Aureliano.
Porém, um exame recentemente foi feito com os materiais genéticos
disponíveis, mas o resultado pode não ter sido encaminhado para a
Polícia Civil.
“Eu sei que tivemos um exame recente desse caso e que o laudo já
havia sido dado. Mas, por conta do problema de fechamento do IPC não
tenho como afirmar se esse exame foi entregue à Polícia Civil. Iremos
entrar em contato com o delegado do caso para verificar a situação”,
contou o diretor do IPC.
O Portal Correio tentou contato com o delegado seccional da Polícia
Civil em Cajazeiras, Glauber Fontes, para saber se a delegacia já havia
recebido o último exame, mas as ligações não foram atendidas.
O caso
Victória Albuquerque tinha 17 anos quando foi assassinada. Ela esteve
desaparecida por cerca de 40 dias. Quando ossos foram encontrados
próximo a um açude na Zona Rural de Cajazeiras, junto a peças de roupa e
calçados, a mãe de Victória confirmou que aqueles eram os pertences da
jovem.
Fonte: Portal Correio