Ideia é implementar um modelo de crediário, mais
alinhado com o mercado internacional e que iria diminuir o prazo do
repasse dos bancos para os lojistas
Autor: Redação do Portal
O setor de cartões de créditos apresentou uma proposta ao Banco
Central que busca acabar com os parcelamentos sem juros na aquisição de
bens e serviços. A ideia é implementar um modelo de crediário, mais
alinhado com o mercado internacional e que iria diminuir o prazo do
repasse dos bancos para os lojistas, de 30 dias para cinco. No entanto,
as primeiras reações a possível mudança não foram favoráveis. A
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
(Fecomercio-SP) é contrária à proposta do setor de cartões de crédito.
Para a Fecomercio-SP as práticas de negócio devem ser definidas pelos
varejistas, desde que ajam dentro da lei. A entidade acredita que quem
deve definir como cobrar é o próprio comerciante, considerando sua
capacidade, seus parceiros e a necessidade e conveniência de seus
clientes.
Ainda assim, caso a medida seja implementada, a Fecomercio-SP defende
que o recebimento das vendas pelo lojista seja realizado no dia
seguinte à operação, em vez de cinco, após a venda, conforme especulado,
uma vez que os consumidores arcarão com os juros da operação.
Até recentemente os varejistas eram impossibilitados de oferecer
condições diferenciadas de pagamento em compras em dinheiro e no cartão.
Segundo a entidade, isso era uma impertinência legal, pois prejudicava
os clientes e empresários que eram impedidos de, em comum acordo, fazer
negócios melhores para ambos. A Fecomercio-SP defende a liberdade de
negócios e compreende que o comércio se beneficia dessa flexibilidade.
Fonte: Portal Correio