Procuradoria geral do Estado alega que
superintendência do BB desobedeceu medidas judiciais autorizando
liberação de empréstimos.
Autor: Redação do Portal
A Procuradoria-geral do Estado pediu a prisão da superintendente do
Banco do Brasil na Paraíba por descumprimento de ordem judicial nesta
sexta-feira (19). O pedido foi protocolado na 1ª Vara da Fazenda Pública
de João Pessoa sob a alegação de que, apesar do banco ter sido intimado
duas vezes a autorizar um empréstimo de R$ 150 milhões ao Governo do
Estado, a liberação foi recusada.
O dinheiro é proveniente de operações de crédito da União que foram
direcionados à Paraíba para o desenvolvimento de programas de
infraestrutura e para ações do programa Minha Casa, Minha Vida, sendo R$
112 milhões para o primeiro e R$ 36,94 milhões para o segundo.
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Ministro autoriza R$ 150 milhões em empréstimos para Governo da Paraíba
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Ao G1, o Banco do Brasil afirmou "que não recebeu nenhuma notificação
judicial nesta sexta-feira". Além de que "o BB não comenta operações
comerciais de seus clientes, por conta de sigilo bancário, e ressalta
que segue rigorosamente as normas do Banco Central, além de adotar
política de crédito baseada nas melhores práticas bancárias".
No pedido de prisão assinado pelo procurador-geral da Paraíba,
Gilberto Carneiro, ele requer que o valor da multa seja aumentado para
30% do valor do empréstimo por dia, levando em consideração que o valor
anterior fixado não foi o suficiente para que o Banco do Brasil
cumprisse com a medida.
Entenda o caso
Em 1º de novembro de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou
liminarmente a liberação dos empréstimos contratados pelo Governo da
Paraíba que tinham sido bloqueados pela Secretaria do Tesouro Nacional
(STN).
Os empréstimos tinham sido impedidos pelo Governo Federal pelo
descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que proíbe o
gasto com pessoal acima de 60% do orçamento.
Na época foi justificado que o maior gasto não era do poder executivo
estadual e que seu orçamento respeita o teto do gasto com a folha. A
legislação permite o gasto com pessoal de até 49% do que se arrecada. A
Paraíba compromete 48,7% do que arrecada com pessoal.
Segundo Gilberto Carneiro, a instituição financeira se recusa a
assinar as operações financeiras devido à “venda” da folha de pessoal do
estado ao Bradesco.
“Sem qualquer justificativa, o Banco do Brasil passou a condicionar a
assinatura dos contratos e liberação dos recursos de financiamento
alegando que tínhamos uma dívida decorrente da rescisão do contrato da
prestação de serviços da folha de R$ 43 milhões. Acontece que não
reconhecemos essa dívida”, comentou à época.
Fonte: Redação do Portal Vale do Piancó Notícias com G1