quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Com filho preso e outro assassinado, mãe alega ameaça de morte e pede ajuda para morar de aluguel


Em conversa com nossa reportagem, Maria Cilene afirma que está sendo ameaçada de morte por causa do envolvimento do filho com suposto crime de pedofilia
Autor: Redação do Portal
Maria Cilene é uma figura popular em Cajazeiras, mas ultimamente tem sido difícil vê-la andando por aí. O motivo dos seus frequentes sumiços é grave. Em conversa com nossa reportagem, ela diz que está sendo ameaçada de morte por causa do envolvimento de um dos seus filhos com um suposto crime de pedofilia.


O jovem está cumprindo pena no Presídio Regional de Cajazeiras há nove meses, acusado de molestar uma criança. Mas Cilene alega que ele é inocente, que não houve estupro e que a criança teria sofrido uma mordida do seu filho porque ele estaria transtornado psicologicamente por causa do assassinato do irmão.

A vida de Cilene tem sido dramática nos últimos anos. Além do filho que está preso, outro foi assassinado por consequência do envolvimento com tráfico de drogas, segundo ela. Sozinha e desamparada, ela apela às autoridades para reverem a condenação do jovem para que ele possa ser solto e ajudá-la.
“Peço a Deus justiça e, primeiramente, o meu filho sair do presídio para me ajudar dentro de casa”, disse aos prantos.

Alegando estar sofrendo ameaças, Cilene deixou sua casa própria no Conjunto Ronaldo Cunha Lima (Mutirão) e alugou outra residência, cujo endereço ela não quis revelar. Mesmo estando em outro local, o medo persiste. Por isso ela evita ficar em lugares públicos de destaque e já pensa em vender a casa que ganhou para morar no sítio.

“Eu vou embora para o sítio e vou vender minha casa por qualquer preço. Não vou morar mais no Mutirão. Não quero passar mais angústia lá”, conta.

Sem trabalho e nenhum auxílio financeiro dos governos, ela pede ajuda para se alimentar e pagar aluguel, e ainda faz um apelo às autoridades para soltarem seu filho: “A Justiça de Cajazeiras solta um, outros não. Eu vejo crimes piores do que isso e meu filho lá na grade como um macaco. Não pode. Isso não é lei”, protestou.