Nas agências que já foram reabertas depois das explosões só são oferecidos serviços como extratos bancários
Autor: Redação do Portal
Em pelo menos dez cidades paraibanas, os cidadãos continuam sem poder
sacar dinheiro após explosões bancárias, entre elas, a cidade de
Conceição no Vale do Piancó.
Por volta das 2h, do dia 16 de agosto de
2016, uma quadrilha, fortemente armada, explodiu o cofre da agência do
Banco do Brasil, localizada no centro da cidade e levou todo o dinheiro.
As explosões acordaram e aterrorizaram a população de várias outras
cidades do estado. De acordo com Carlos Hugo, secretário de Formação
Sindical do Sindicato dos Bancários da Paraíba, algumas cidades estão há
quase um ano sem contar com este tipo de serviço bancário.
Nas agências que já foram reabertas depois das explosões só são
oferecidos serviços como extratos bancários, saldos, transferências, mas
sem utilização de dinheiro.
“Não está sendo disponibilizado numerário nem nos caixas eletrônicos
nem nos caixas das agências”, destaca Carlos Hugo, que lembra que as
pessoas que precisam sacar dinheiro são obrigadas a se dirigirem a
cidades vizinhas, o que aumenta o custo. “Isso é péssimo para a economia
da cidade”, lamenta o secretário de Formação Sindical.
A Superintendência do Banco do Brasil, que é o maior alvo das
explosões na Paraíba, informou que a demora na reabertura de todos os
serviços nas agências acontece devido ao cofre. Quando as explosões
afetam o cofre da agência, é necessário solicitar na Superintendência em
Recife que seja feita a troca.
Atualmente Carlos Hugo enumera que as cidades de Serra Branca, Sumé,
Alagoa Grande, Tacima, Araruna, Coremas, Cuité, Barra de Santa Rosa e
Mogeiro não estão contando com dinheiro disponível para saque.
Questionado sobre o assunto, o Banco do Brasil não informou ao ClickPB
quantas e quais agências no interior do estado foram fechadas, alegando
motivo de segurança.
Ana dos Santos, aposentada que mora em Alagoa Grande, precisa se
deslocar todos os meses para Guarabira ou Areia para poder ter acesso ao
dinheiro de sua aposentadoria. “Quem tem carro bota gasolina, quem não
tem, paga passagem em ônibus ou alternativo”, afirma a aposentada, que
ainda revela que o custo fica em torno de R$ 12 para cada saque. Além
disso, ela ressalta “o perigo de assaltantes pegarem e pararem os carros
na estrada sabendo que a pessoa vai pegar dinheiro. A gente vai com
medo, pedindo a Deus que chegue em paz”.
A peregrinação de aposentados, pensionistas e pessoas que dependem do
dinheiro que precisa ser sacado em agências, continua, todos os meses,
para cidades vizinhas.
Fonte: Redação do Portal Vale do Piancó Notícias com Assessoria