"Se isso é possível, Brasil tem que decidir", afirma economista da instituição
Autor: Redação do Portal
Estudo produzido pelo Banco Mundial defende a ampliação do Bolsa
Família para que a pobreza não aumente no país."Se isso é possível, o
Brasil tem que decidir", afirmou Emmanuel Souklas, economista da
instituição. Segundo ele, ao sugerir crescimento do programa, o Banco
Mundial faz seu papel de "advogar pelos pobres". As informações são do
jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com o estudo, que foi publicado em fevereiro, para garantir
esse aumento o investimento no programa para 2017 deve passar para R$
30,4 bilhões (ano passado foi de R$ 28 bilhões). A previsão do governo é
que o total chegue este ano a R$ 29,3 bilhões.
Caso não haja o aumento indicado pelo relatório do Banco Mundial, a
proporção de brasileiros em situação de extrema pobreza pode pular dos
3,5% de 2015 para 4,2% em 2017. O Banco considera em "extrema pobreza"
todos aqueles que têm renda per capita inferior a R$ 70. Uma eventual
ampliação do programa levaria o índice dos que estão nesta faixa para
3,5%.
Haveria impacto também para os brasileiros em situação de pobreza
(renda per capita de R$ 170). Nesta área, a proporção subiria de 8,7%
para 9,8%, no caso de não haver aumento do orçamento para o Bolsa
Família.
"Até agora, o Bolsa Família foi considerado um programa de
redistribuição, mas ele também pode ser uma rede de segurança no sentido
de dar dinheiro para pessoas que precisam. E, quando a economia
melhorar, essas pessoas não precisarão continuar sendo beneficiárias",
disse Skoufias.
Mais de 28 milhões de brasileiros deixaram a linha abaixo da pobreza entre 2004 e 2014, segundo o estudo do Banco Mundial.
Fonte: Diário de Pernambuco