Homem foi preso em Paulista, Pernambuco, no sábado (11).
Aline Albuquerque foi morta na frente dos filhos em dezembro.
Autor: Redação do Portal
Ciúme. Este foi o motivo apresentado pelo marido de Aline Albuquerque
da Silva, morta na frente dos filhos quando chegava em casa em Campina
Grande no dia 21 de dezembro, suspeito de ter sido o mandante do crime.
"A primeira justificativa dele foi que teria mandado matar porque ela
era muito ciumenta e eles brigavam muito", disse a titular da Delegacia
de Homicídios da cidade, delegada Ellen Maria, nesta segunda-feira
(13).
Aline foi assassinada a tiros na presença dos filhos, quando chegava
em casa com o marido, no bairro de Bodocongó. Latrocínio seria a
primeira linha de investigação, mas a Polícia Civil, na ocasião do
crime, não descartava a possibilidade de ter sido execução.
Na quinta-feira (9), a polícia tinha apresentado a tese de que o
marido da vítima era o mandante do crime e o homem, de 44 anos, foi
preso no sábado (11) na cidade de Paulista, em Pernambuco. Ele foi
indicado como mandante pelos dois suspeitos presos na quarta-feira (8),
apontados como o homem que atirou na jovem, de 18 anos, e o condutor da
moto que deu fuga a ele, que tem 25 anos.
O delegado Antônio Lopes, que presidiu as investigações, já tinha
adiantado que a vítima teria descoberto que o companheiro estaria
envolvido em crimes patrimoniais e por isso ele teria mandado matá-la.
"Uma espécie de queima de arquivo", compara. Esses crimes estão sendo
investigados pela polícia, que mantém os detalhes em sigilo.
Arrependido, mas frio
Segundo a delegada Ellen, o homem demonstrou arrependimento, mas "o
tempo todo demonstrou frieza e desumanidade". Sobre o fato da mulher ter
sido morta na frente dos filhos, a delegada relata que "ele disse que
na hora não pensou nisso" porque "o planejamento do crime foi muito
rápido". "Ele diz que nas brigas, sempre era ameaçado pela mulher. Ela
ameaçava entregar ele à polícia, por crimes de roubo", disse a delegada
nesta segunda.
O homem segue preso na Central de Polícia e deve passar por audiência
de custódia nesta segunda-feira, o caso passa para o Ministério Público
e segue para julgamento. Já os dois suspeitos que foram presos
anteriormente foram transferidos para o Completo Penitenciário do
Serrotão.
Segundo a delegada, ele e os dois comparsas devem ser indiciados por
homicídio qualificado, mas pode haver outros indiciamentos em delegacias
de outras especialidades por conta dos crimes descobertos pela vítima.
Depoimentos contraditórios
Na época do crime, em depoimento, o marido da vítima disse que o
atirador anunciou o assalto, a esposa se assustou soltando uma sacola no
chão e o rapaz atirou. Mas, segundo Antônio Lopes, em seu depoimento o
atirador disse que Aline tinha uma dívida com ele e que teria ido cobrar
essa dívida. Esse foi o primeiro ponto de desencontro dos depoimentos. O
jovem acabou contado à polícia sua relação com o marido da vítima.
A delegada Ellen Maria já tinha afirmado que havia fatos que levavam a
crer em execução, como o tempo da ação do criminoso e o fato dele ter
atirado quando ela já estava caída. A polícia pede ajuda da população
para encontrar o homem através de denúncias pelo 197.
Imagens
O sistema de monitoramento de câmeras de um condomínio que fica
próximo à casa da vítima registrou o momento em que um homem de casaco
azul vai em direção à mulher e ao marido dela. A ação dura cerca de 15
segundos. O atirador chega na rua sem disfarces e, após o crime, volta
encapuzado e correndo. Ele usa uma moto para fugir que está em rua
paralela.