terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Marido diz que mandou matar esposa porque ela era ciumenta, afirma polícia


Homem foi preso em Paulista, Pernambuco, no sábado (11). Aline Albuquerque foi morta na frente dos filhos em dezembro.
Autor: Redação do Portal
Aline Albuquerque foi morta na frente dos filhos quando chegava em casa em Campina Grande (Foto: Reprodução / TV Paraíba)Ciúme. Este foi o motivo apresentado pelo marido de Aline Albuquerque da Silva, morta na frente dos filhos quando chegava em casa em Campina Grande no dia 21 de dezembro, suspeito de ter sido o mandante do crime. "A primeira justificativa dele foi que teria mandado matar porque ela era muito ciumenta e eles brigavam muito", disse a titular da Delegacia de Homicídios da cidade, delegada Ellen Maria, nesta segunda-feira (13). 

Aline foi assassinada a tiros na presença dos filhos, quando chegava em casa com o marido, no bairro de Bodocongó. Latrocínio seria a primeira linha de investigação, mas a Polícia Civil, na ocasião do crime, não descartava a possibilidade de ter sido execução.
Na quinta-feira (9), a polícia tinha apresentado a tese de que o marido da vítima era o mandante do crime e o homem, de 44 anos, foi preso no sábado (11) na cidade de Paulista, em Pernambuco. Ele foi indicado como mandante pelos dois suspeitos presos na quarta-feira (8), apontados como o homem que atirou na jovem, de 18 anos, e o condutor da moto que deu fuga a ele, que tem 25 anos.
O delegado Antônio Lopes, que presidiu as investigações, já tinha adiantado que a vítima teria descoberto que o companheiro estaria envolvido em crimes patrimoniais e por isso ele teria mandado matá-la. "Uma espécie de queima de arquivo", compara. Esses crimes estão sendo investigados pela polícia, que mantém os detalhes em sigilo.
Arrependido, mas frio
Segundo a delegada Ellen, o homem demonstrou arrependimento, mas "o tempo todo demonstrou frieza e desumanidade". Sobre o fato da mulher ter sido morta na frente dos filhos, a delegada relata que "ele disse que na hora não pensou nisso" porque "o planejamento do crime foi muito rápido". "Ele diz que nas brigas, sempre era ameaçado pela mulher. Ela ameaçava entregar ele à polícia, por crimes de roubo", disse a delegada nesta segunda.
O homem segue preso na Central de Polícia e deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira, o caso passa para o Ministério Público e segue para julgamento. Já os dois suspeitos que foram presos anteriormente foram transferidos para o Completo Penitenciário do Serrotão.
Segundo a delegada, ele e os dois comparsas devem ser indiciados por homicídio qualificado, mas pode haver outros indiciamentos em delegacias de outras especialidades por conta dos crimes descobertos pela vítima.
Depoimentos contraditórios
Na época do crime, em depoimento, o marido da vítima disse que o atirador anunciou o assalto, a esposa se assustou soltando uma sacola no chão e o rapaz atirou. Mas, segundo Antônio Lopes, em seu depoimento o atirador disse que Aline tinha uma dívida com ele e que teria ido cobrar essa dívida. Esse foi o primeiro ponto de desencontro dos depoimentos. O jovem acabou contado à polícia sua relação com o marido da vítima.
A delegada Ellen Maria já tinha afirmado que havia fatos que levavam a crer em execução, como o tempo da ação do criminoso e o fato dele ter atirado quando ela já estava caída. A polícia pede ajuda da população para encontrar o homem através de denúncias pelo 197.
Imagens
O sistema de monitoramento de câmeras de um condomínio que fica próximo à casa da vítima registrou o momento em que um homem de casaco azul vai em direção à mulher e ao marido dela. A ação dura cerca de 15 segundos. O atirador chega na rua sem disfarces e, após o crime, volta encapuzado e correndo. Ele usa uma moto para fugir que está em rua paralela.
Delegados falaram sobre depoimento do marido que mandou matar esposa em Campina Grande, mas ele não foi apresentado (Foto: Iago Bruno / G1)
Fonte: Redação do Portal Vale do Piancó Notícias com G1