“A gente chega e quando pega a ficha, eles dizem logo que não tem médico”, disse o ex-caminhoneiro à reportagem.
A
TV Paraíba, afiliada da Rede Globo no estado destacou em reportagem
caso do ex-caminhoneiro do Sertão da Paraíba que está com uma doença que
prejudica a coordenação dos músculos e não conseguiu sequer fazer uma
pericia médica no INSS.
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Foi
a um ano que Cícero Alves, de 37 anos, começou a perder os movimentos
dos membros. Ele levava uma vida saudável até ser diagnosticado com
esclerose lateral amiotrófica. A doença é degenerativa e provoca perda
gradual de força e coordenação dos músculos.
Hoje, Cícero vive
acamado e não consegue mais trabalhar, para piorar ele não conseguiu
ainda ter acesso ao amparo social, beneficio dado pelo INSS para pessoas
portadoras de deficiência.
“A gente chega e quando pega a ficha, eles dizem logo que não tem médico”, disse o ex-caminhoneiro.
Durante
esse ano de 2016, Cicero e Edinete estiveram no INSS três vezes: a
primeira em junho, a segunda em setembro e a terceira no mês de
dezembro. Uma nova perícia foi marcada para abril de 2017.
Os
efeitos da doença são amenizados com riluzol, no qual toma dois
comprimidos por dia. São duas caixas com 30 comprimidos, o custo é de
3.000,00 reais por mês.
A família não tem condições de arcar com a
despesa e recebia o medicamento da Gerência Regional de Saúde, mas há
dois meses que o governo do estado não está mais repassando o
medicamento.
“Vou ter que acionar o Ministério Público porque ele não pode parar de tomar a medicação”, falou a dona de casa, Edinete Araújo.
A
Secretária Estadual de Saúde informou que a empresa fabricante do
riluzol parou de fornecer o medicamento. O governo foi informado pela
empresa há dois meses através de uma nota.
“A gente está
orientando os pacientes para que procurem os seus médicos para que eles
passem aos pacientes uma terapia substitutiva porque esse medicamento
não tem previsão de retorno”, relatou a gerente regional de saúde,
Liliane Sena.
Quanto à dificuldade para realização das perícias médicas em Patos a gerência local do INSS não quis se pronunciar sobre o assunto.
O
chefe de perícia do INSS, Danilo Siqueira, disse que o caso agora vai
ser agendado como prioritário. Se o ex-caminhoneiro conseguir o
benefício ele não vai ter prejuízo, vai receber o valor atualizado desde
a data do primeiro agendamento que ele fez.
DIÁRIO DO SERTÃO com vídeo do G1