sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Reportagem flagra desvio de água no Canal da Redenção, na Paraíba


Água que devia ir para população é desviada para irrigação e açudes. Aesa alega que fiscalização é difícil de ser feita nos 35 km do canal.
Autor: Redação do Portal
Resultado de imagem para Canal da Redenção, na ParaíbaA TV Paraíba flagrou dezenas de ligações irregulares retirando água do Canal da Redenção, no Sertão paraibano, que sai do açude Mãe D'água, em Coremas, e tem como destino as Várzeas de Sousa. O flagrante foi mostrado em uma reportagem no JPB 2ª Edição desta quinta-feira (24). As ligações levam a água, que deveria ser usada exclusivamente para o consumo humano, para açudes e irrigações. 

O canal leva água para cerca de 10 mil habitantes em Sousa e Aparecida. A região do perímetro irrigado já foi uma das maiores produtoras de corro irrigado do Brasil, mas teve a produção interrompida por causa da escassez de água.

“Nós já perdemos mais de 400 pés de goiaba aqui, esse ano, e mais de 300 pés de coco, devido à escassez de água”, conta o agricultor Francisco Trajano.

Segundo o gerente executivo do Distrito de Irrigação do Perímetro Irrigado das Várzeas de Sousa (DPIVAS), cerca de 60% da água que passa pelo canal não chega até a população por causa dos desvios. Dos 400 litros de água por segundo, apenas 160 chegam e quem precisa da água para beber mal vê a chegada do líquido nas torneiras de casa. A água passa por 35 quilômetros de canal.

No início deste ano, o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) fez uma vistoria no perímetro e denunciou vários desvios de água. Mesmo com a denúncia, as irregularidades continuam e a água é retirada à luz do dia.

O presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), João Fernandes, disse que o órgão faz fiscalizações permanentes ao longo do canal. Segundo ele, nesta quarta-feira (23), um homem foi autuado por estar desviando água. O presidente da Aesa assumiu ainda que a fiscalização é difícil de ser executada nos 35 quilômetros do canal.

Fonte: Redação do Portal Vale do Piancó Notícias com G1