Atividade física ajuda a combater a obesidade e também é benéfica para pacientes em tratamento de câncer de próstata
Autor: Redação do Portal
A obesidade é fator de risco para diversas doenças, inclusive para o
câncer. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 596 mil
novos casos da doença (incluindo todos os tipos) devem ser registrados
no Brasil neste ano.
Desses, 15 mil estarão associados à obesidade e ao
sobrepeso. De acordo com o INCA, a obesidade está influenciando
principalmente na incidência de câncer de próstata, mama e colorretal.
“A obesidade aumenta o risco de câncer de próstata e o tumor em homens
obesos é mais agressivo”, afirma o urologista Rafael Coelho, do
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e do Hospital Albert
Einstein. Na Paraíba, o INCA projeta o registro de mais de 1.200 casos
da doença só neste ano.
Alimentação adequada e a prática de exercícios físicos são
fundamentais para combater a obesidade e, consequentemente, diminuir o
risco de câncer. “A atividade física é benéfica porque mexe no
metabolismo, nos níveis, por exemplo, de insulina e glicose”, explica a
Educadora Física que integra o comitê científico do Instituto Vencer o
Câncer, Luciana Castelli Assman.
Como forma de prevenção, são recomendados 150 minutos de atividade
física distribuídos na semana. “Pode ser caminhada, corrida, dança. Mas
tem que ser uma atividade vigorosa e feita de forma regular”, ressalta a
especialista.
Para o paciente que está em tratamento de câncer de próstata, a
atividade física também é benéfica. O exercício fortalece o sistema
imunológico e também tem papel importante para estimular a produção
óssea. “Quem faz o tratamento hormonal pode ter perda da massa óssea.
Exercícios de força e sobrecarga vão estimular a produção óssea”,
explica Luciana Assman.
Durante o tratamento do câncer de próstata, a atividade física deve
ser feita após a liberação do médico e sempre com um acompanhamento de
um profissional qualificado. O tipo de exercício e a frequência serão
definidos pelo educador físico que acompanhará o paciente. “Para cada
fase do tratamento tem que ter uma atenção especial. Quem faz
radioterapia pode ficar mais cansado, então tem que dosar bem. O segredo
está na regularidade do exercício. O paciente tem que tentar sempre
fazer alguma coisa”, acrescenta Luciana.
Os benefícios da atividade física para quem faz tratamento de câncer
de próstata vão além. Alguns pacientes ficam deprimidos e os exercícios
ajudam a reverter esse quadro. “A atividade física ajuda a melhorar a
autoestima, a combater a depressão. Proporciona um bem estar para o
paciente”, afirma a educadora física Luciana Assmam.