Tota Ramos, que foi o maior corredor de vaquejadas do
município e um dos maiores da região, afirma que o fim da vaquejada vai
causar um grande prejuízo na economia do Nordeste, além de uma grande
desvalorização dos cavalos, que são avaliados de acordo com sua atuação
nas festas de apartação
Autor: Redação do Portal
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no último dia 6, derrubar
uma lei do Estado do Ceará, que regulamentava a vaquejada, tradição
cultural nordestina, apontada como esporte, na qual um boi é solto em
uma pista e dois vaqueiros montados a cavalo tentam derrubá-lo pela
cauda, e atividade econômica que movimenta, segundo o Governo do Ceará,
mais de 14 milhões por ano.
Por 6 votos a 5, os ministros decidiram que a
atividade impõe sofrimento aos animais e fere princípios constitucionais
de preservação do meio ambiente.
A decisão gerou divisão de opinião em todo território nacional,
sobretudo, na região Nordeste. Na cidade de Conceição houve também
divergência de opiniões, manifestavas através da VPNTV.
De acordo com o ambientalista, Pastor Fred, apesar de ser considerada
uma cultura dos costumes nordestinos, é grande os maus tratos dos
animais na prática da vaquejada. Ele usou passagens bíblicas e leis que
defendem o fim dos maus tratos para opinar. No entanto, segundo o
ambientalista, a criação de mecanismos que possibilitassem minimizar o
sofrimento dos animais, seria uma alternativa conciliadora para a
legalização da vaquejada.
Já Tota Ramos, que foi o maior corredor de vaquejadas do município e
um dos maiores da região, afirma que o fim da vaquejada vai causar um
grande prejuízo na economia do Nordeste, além de uma grande
desvalorização dos cavalos, que são avaliados de acordo com sua atuação
nas festas de apartação, ou seja, nas fomosas vaquejadas. Segundo ele, o
mercado dispõe de cavalos até de um milhão de reais.
Tota Ramos foi entrevistado pela VPNTV
Para Francisco Francinaldo, que também é um verdadeiro amante das
vaquejadas e proprietário de um parque no município de Conceição, a lei
de 15.299/2013, que foi vista como inconstitucional, é uma verdadeira
desvalorização à cultura nordestina. Ao portal Vale do Piancó Notícias,
Francinaldo explicou que a vaquejada surgiu para salvar muita gente,
pois foram muitas pessoas carentes que conseguiram ganhar a vida,
através da vaquejada. Segundo ele, vaquejada não é apenas um esporte, ou
uma cultura, é uma profissão. É o que movimenta a renda do sertão, é o
que sustenta o cidadão, o verdadeiro trabalhador.
Após a decisão do STF, vaqueiros afirmam que a decisão vai prejudicar
a economia e muitos se motivaram pela recente decisão do Supremo
tribunal Federal, indo às ruas com o objetivo de pressionar os
parlamentares a se posicionarem na discussão. Já que para muitos a
vaquejada não foi analisada como deveria.
Fonte: Por Ávila Vanessa, estudante do 3º ano do IJSF