Durante a operação, três prefeitos da Paraíba foram afastados e dois deles presos
Autor: Redação do Portal
A mãe do deputado federal Hugo Mota (PMDB), que foi presidente da CPI
da Petrobras no Congresso Nacional, Ilana Mota, foi detida na manhã
desta sexta-feira (9) durante a 'Operação Veiculação', da Polícia
Federal, na cidade de Patos, no Sertão paraibano, a 310 km de João
Pessoa. A ação policial tem como objetivo combater fraudes de R$ 11
milhões em desvio de verbas do governo federal. Durante a operação, três
prefeitos da Paraíba foram afastados e dois deles presos, entre eles, o
esposo de Ilana. Veja vídeo abaixo
Na Paraíba, foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão
nas prefeituras de Patos, Emas e São José de Espinharas, e em imóveis de
empresários e agentes públicos em João Pessoa, Cabedelo e Patos. Houve
ação da PF em uma empresa localizada em Recife, capital pernambucana,
onde os policiais cumpriram dois mandados de prisão preventiva e quatro
de busca e apreensão.
Segundo a Polícia Federal, além de Ilana Mota, o prefeito de São José
de Espinharas, Renê Trigueiro Caroca, foi detido. Eles foram levados
para a sede do Ministério Público Federal (MPF), em Patos. O nome do
outro prefeito preso não tinha sido divulgado até a publicação desta
matéria. As Câmaras municipais paraibanas foram comunicadas dos
afastamentos dos gestores para que deem posse aos substitutos legais.
Segundo a PF, os investigados deverão responder pelos crimes de
fraude à licitação, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro,
entre outros. As fraudes envolvem mais de R$ 11 milhões em recursos
aplicados em ações dos Programas de Transporte Escolar (PNATE), Fundeb,
Pró-Jovem Trabalhador e Bloco de Média e Alta Complexidade (Saúde).
De acordo com o MPF, as investigações da Operação Veiculação foram
iniciadas pelo Ministério Público Federal no ano de 2015, a partir de
informações da CGU, que em 2012 realizou fiscalizações, detectando
contratação irregular de serviços de locação de veículos no Município de
Patos, sendo indicado pelo relatório da Controladoria uma possível
fraude licitatória e o não cumprimento do objeto pactuado, com
consequente desvio de verba pública. Ao ser iniciado o procedimento
investigatório criminal pelo Ministério Público, a CGU e a Polícia
Federal passaram a atuar durante toda a apuração.
Nos pedidos feitos para subsidiar o TRF-5, o MPF utilizou-se também
de informações da Operação Desumanidade - deflagrada em dezembro passado
em Patos, em parceria com CGU e Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado da Paraíba
(MPPB) -, para demonstrar que as práticas de corrupção nos municípios
alvos da Operação Veiculação são recorrentes, não só em contratos de
obras, mas em outros tipos de contratos. A Desumanidade apura
irregularidades em obras custeadas com recursos federais nos municípios
de Patos, Emas e Quixaba.
Fonte: Por Hyldo Pereira