Grupos armados cercaram sedes da Polícia Militar durante assaltos a agências do Banco do Brasil e dos Correios
em Soledade e Assunção, ambas no Agreste paraibano, na madrugada desta
quinta-feira (25). As ações foram simultâneas, com início por volta das
2h30, e a polícia acredita que os ataques foram executados por uma mesma
quadrilha. Os criminosos explodiram caixas eletrônicos, cofres e
dispararam tiros contra prédios públicos e particulares. O montante
roubado pelos assaltantes não foi divulgado.
De acordo com o aspirante Diego, da Companhia de Polícia Militar em Soledade, pelo menos cinco bandidos cercaram a base policial e passaram cerca de 20 minutos efetuando tiros. Ninguém ficou ferido.
“Chegamos a tentar um revide, mas eles estavam com poder de fogo superior, então desistimos e ficamos acuados. Eram armas de grosso calibre e algumas de uso restrito. Pela janela, consegui visualizar dois criminosos com fuzis, mas havia pelo menos outros três envolvidos no tiroteio. Os bandidos realmente vieram prontos para atacar a Companhia e deixar os policiais encurralados. Estava tudo programado, eles trouxeram bastante munição”, contou o policial, que estava no plantão com outros seis militares.
Segundo o aspirante Diego, ainda não é possível dizer quantos assaltantes participaram do ataque ao banco. Porém, ele informou que o prédio foi completamente destruído pela explosão. Caixas eletrônicos e o cofre principal da agência foram violados. Antes de fugir, o bando ainda quebrou portas e estourou vidraçarias de lojas que ficam próximas ao banco.
Em Assunção, o ataque foi à agência dos Correios. Parte dos criminosos explodiu cofres, enquanto outros dispararam tiros para intimidar a população e a polícia.
“Lá o poder de fogo foi menor, mas ainda assim houve tiros. Alguns bandidos armados com fuzis ficaram próximo ao destacamento da PM para impedir qualquer reação policial. Estavam no plantão dois policiais, que também ficaram acuados. Alguns disparos atingiram o prédio, mas eles não se feriram. Depois, o bando fugiu em motocicletas e numa caminhonete, espalhando grampos pelas ruas”, informou o aspirante Diego.
Até a publicação desta matéria, nenhum suspeito dos ataques tinha sido localizado. Equipes de Campina Grande tinham sido enviadas para dar reforço nas buscas.
Fonte Portal Correio