quinta-feira, 21 de julho de 2016

MPF realiza operação, cumpre mandados e investiga fraude no São João de Patos


Equipes dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, Controladoria-Geral da União e Polícia Federal cumprem na manhã desta quinta-feira (21) cinco mandados de condução coercitiva e outros mandados de busca e apreensão contra empresários e servidores da Prefeitura Municipal de Patos, no Sertão do estado. Entre as pessoas detidas está a Meryclis D'Medeiros, como secretária de Finanças do município. O objetivo é apurar possível enriquecimento ilícito na realização do São João de Patos.


De acordo com nota divulga pelo Ministério Público Federal (MPF), a ação visa coletar provas de esquema ilícito montado nas execuções do São João de Patos em 2014, 2015 e 2016, bem como de enriquecimento ilícito de investigados que se beneficiaram a partir de apropriação de recursos captados em patrocínios do evento.

Além da condução coercitiva das cinco pessoas envolvidas, também estão sendo coletados documentos na sede da Prefeitura Municipal de Patos, nas sedes da empresa Área Badalada Eventos e em três residências de investigados, todas localizadas no município.

Conforme o MPF, a chefe de gabinete da Prefeitura de Patos, Ilanna de Araújo Motta, executou e participou das irregularidades no ano de 2015, inclusive quanto ao suposto repasse de recursos provenientes aos integrantes da Comissão de São João de Patos, presidida pela secretária de Finanças do município. Áudios comprovariam as irregularidades.

Os fatos apurados pelo MPF são derivados de vasto encontro de provas que compõem o volume gigante de dados obtidos na Operação Desumanidade e foram compartilhados com as instâncias competentes para apurá-los.


Conforme com o que foi investigado até o momento, há fortes indícios que a Prefeitura de Patos contratou a empresa de eventos, de propriedade do filho do secretário de Agricultura do município, por meio de uma licitação direcionada. Ao que tudo indica, de acordo com o MPF, a empresa foi utilizada para angariar recursos de patrocínio para custear o evento São João de Patos e várias outras atrações juninas a cargo do município.

As irregularidades, segundo apontam as investigações, objetivaram não só executar o evento com recursos de empresas públicas federais e de particulares, mas também a apropriação dos valores de patrocínio, enriquecendo ilicitamente os investigados envolvidos.



Fonte Portal Correio