Entidade que representa proprietários de postos de combustíveis estudam medidas para evitar completo desabastecimento
Campina Grande e Região correm o risco
de passar por uma situação de racionamento de combustíveis nesta
semana. O alerta é do Sindicato dos Proprietários de Postos de
Combustíveis, que já estuda medidas para evitar o completo
desabastecimento nos estabelecimentos.
Segundo o presidente da entidade,
Bruno Agra, uma das alternativas seria deixar de aceitar cartões de
créditos nos postos. Alguns estabelecimentos da cidade já trabalham com
pagamento feito apenas com dinheiro ou no débito automático.
De acordo com a Companhia Docas da
Paraíba, responsável por receber e distribuir combustíveis no estado,
houve um atraso em um navio com combustíveis. A versão é reforçada pelo
Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo na Paraíba
(Sindipetro).
"Tivemos conhecimento que o estoque de
anidro está baixo e a carga deveria ter chegado na semana passada.
Apesar do atraso, não existe motivos para sinalizar desabastecimento ou
racionamento", garantiu o presidente do Sindipetro, Omar Hamad.
A justificativa, no entanto, não
convence o Sindicato dos Proprietários de Postos de Combustíveis de
Campina Grande e Região. A entidade argumenta que esta não é a primeira
vez que o estado se vê diante do risco de ficar desabastecido.
No início do ano, problemas com atrasos
de navios ao Porto de Cabedelo causaram transtornos em várias regiões do
estado. Além da dificuldade de encontrar combustíveis, a população teve
que enfrentar ainda o superfaturamento nos preços. O litro da gasolina,
por exemplo, chegou a ser vendido a R$ 10 no Sertão paraibano.