Chamado de 'Eva', o aplicativo foi vencedor do
concurso 'Hack a City', realizado no mês de maio, em Recife, e deve ser
disponibilizado para a Secretaria da Mulher da capital pernambucana
Autor: Redação do Portal
A estudante pernambucana Simony César, do curso de Design Gráfico do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB),
desenvolveu, com ajuda de estudantes de computação da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE), um protótipo de aplicativo que auxilia no rastreio e
combate à violência sexual nos ônibus. Ela é estudante do IFPB em
Cabedelo, na Grande João Pessoa.
Chamado de 'Eva', o aplicativo foi vencedor do concurso 'Hack a
City', realizado no mês de maio, em Recife (PE). De acordo com a
estudante do IFPB, a ideia do aplicativo surgiu a partir do aumento no
número de casos de assédio em ônibus e de violência contra a mulher em
todo o Brasil.
“Percebi que se faz mais do que imediata a necessidade de ampliar as
vozes das mulheres vítimas, uma vez que, por conta desse sepultamento do
tema só alimenta e colabora para a cultura do estupro velado por essa
sociedade misógina e machista”, disse a estudante.
Através do aplicativo, que deverá ser disponibilizado para a
Secretaria da Mulher do Recife, será possível mapear os principais casos
de assédio nas cidades, identificando as linhas de ônibus que têm maior
índice de assédio, o horário, trecho e ainda registros fotográficos dos
criminosos.
Simony disse ao Portal Correio que o aplicativo ainda é um protótipo
que precisa de outras questões técnicas para que funcione de forma
efetiva, o que deve acontecer em breve no Recife. Sobre chegar a outras
cidades, não só do Brasil, mas também do exterior, ela falou que há
algumas limitações técnicas que precisam ser vencidas para que o serviço
seja ampliado, o que ainda não tem uma data prevista.