Os pais do garoto Jadderson Carlos Silva Lira, de 4 anos de idade, que faleceu na segunda-feira (9) no
Hospital Infantil de Patos, estão dispostos a acionar a Justiça contra a
médica do HIP que atendeu o caso e que, segundo eles, teria sido
negligente com relação a prescrição de medicamentos.
Emocionados, eles contam que a médica, que não teve o nome revelado, teria prescrito altas doses de um medicamento chamado Berotec mesmo depois de ser alertada de que a criança era alérgica a essa medicação. Além disso, a médica não teria autorizado que a criança fosse intubada em um momento crítico, e isso teria gerado uma discussão entre ela e as enfermeiras que queriam fazer a intubação.
O pai afirma que a criança respondia melhor às medicações quando estava intubado, mas a médica dificultou a autorização desse procedimento. Quando ele aconteceu, já era tarde demais.
“Infelizmente aconteceu por conta dessa dose de Berotec, eu tenho certeza. Porque, inclusive, é até proibido. E com essa dose muito grande para uma criança de apenas quatro anos, eu não reconheço e não entendo”, diz o pai às lágrimas.
A mãe, por sua vez, conta que quando o quadro de saúde do menino se agravou bruscamente após a aplicação de uma medicação no soro, o médico de plantão não apareceu para tentar reanimá-lo, deixando a missão a cargo apenas das enfermeiras.
O casal acredita que seu filho não faleceu vítima da gripe H1N1 nem de pneumonia porque ele estava com as vacinas em dia. “Era tanta medicação que a gente não sabe o que era. Eles não orientavam a gente por que era que estava tomando”, comenta o pai.
A mãe diz que quer justiça “para que outras famílias não venham sofrer o que a gente está sofrendo também. Ela vai pagar por tudo. Não vai trazer meu filho de volta, mas vai fazer com que não aconteça com outras famílias.”
A versão do hospital
Em contato com o Hospital Infantil de Patos, conversamos com o diretor geral da unidade, o médico Érico Djan, que lamentou pelo falecimento do garoto e se sensibilizou com a dor dos pais. Mas ele acredita que o principal causador da morte não foi a inalação do Berotec, e sim a rápida e misteriosa evolução da doença, cuja suspeita ainda recai sobre a gripe H1N1. Segundo ele, se tivesse havido crise alérgica ao referido medicamento, a médica teria percebido e suspendido a prescrição.
Sobre a demora na intubação, Érico Djan confirma que a médica não autorizou o procedimento quando a família e as enfermeiras estavam pedindo. Mas ela teria feito isso porque precisava de mais tempo para avaliar as reações da criança às medicações e, a partir daí, ter uma orientação mais definida sobre o quadro e os próximos procedimentos, já que ao fazer a intubação fica impossível de realizar essas avaliações. No entanto, ele também descarta a hipótese de que o quadro de saúde da criança tenha evoluído para óbito por causa de demora na intubação.
Emocionados, eles contam que a médica, que não teve o nome revelado, teria prescrito altas doses de um medicamento chamado Berotec mesmo depois de ser alertada de que a criança era alérgica a essa medicação. Além disso, a médica não teria autorizado que a criança fosse intubada em um momento crítico, e isso teria gerado uma discussão entre ela e as enfermeiras que queriam fazer a intubação.
O pai afirma que a criança respondia melhor às medicações quando estava intubado, mas a médica dificultou a autorização desse procedimento. Quando ele aconteceu, já era tarde demais.
“Infelizmente aconteceu por conta dessa dose de Berotec, eu tenho certeza. Porque, inclusive, é até proibido. E com essa dose muito grande para uma criança de apenas quatro anos, eu não reconheço e não entendo”, diz o pai às lágrimas.
A mãe, por sua vez, conta que quando o quadro de saúde do menino se agravou bruscamente após a aplicação de uma medicação no soro, o médico de plantão não apareceu para tentar reanimá-lo, deixando a missão a cargo apenas das enfermeiras.
O casal acredita que seu filho não faleceu vítima da gripe H1N1 nem de pneumonia porque ele estava com as vacinas em dia. “Era tanta medicação que a gente não sabe o que era. Eles não orientavam a gente por que era que estava tomando”, comenta o pai.
A mãe diz que quer justiça “para que outras famílias não venham sofrer o que a gente está sofrendo também. Ela vai pagar por tudo. Não vai trazer meu filho de volta, mas vai fazer com que não aconteça com outras famílias.”
A versão do hospital
Em contato com o Hospital Infantil de Patos, conversamos com o diretor geral da unidade, o médico Érico Djan, que lamentou pelo falecimento do garoto e se sensibilizou com a dor dos pais. Mas ele acredita que o principal causador da morte não foi a inalação do Berotec, e sim a rápida e misteriosa evolução da doença, cuja suspeita ainda recai sobre a gripe H1N1. Segundo ele, se tivesse havido crise alérgica ao referido medicamento, a médica teria percebido e suspendido a prescrição.
Sobre a demora na intubação, Érico Djan confirma que a médica não autorizou o procedimento quando a família e as enfermeiras estavam pedindo. Mas ela teria feito isso porque precisava de mais tempo para avaliar as reações da criança às medicações e, a partir daí, ter uma orientação mais definida sobre o quadro e os próximos procedimentos, já que ao fazer a intubação fica impossível de realizar essas avaliações. No entanto, ele também descarta a hipótese de que o quadro de saúde da criança tenha evoluído para óbito por causa de demora na intubação.
Fonte DIÁRIO DO SERTÃO