Segundo delegado, crime foi o meio que ex-político achou para sair da crise.
Anteriormente, autor do crime disse ter sido motivado por ciúmes.
Autor: Redação do Portal
A motivação do assassinato da comerciante Maria Arcanjo da Silva na
cidade de Itapororoca, no Litoral Norte da Paraíba, foi ambinção do
ex-vereador Antônio Alves de Morais, de acordo com informações
divulgadas pelo delegado Walter Brandão, nesta quarta-feira (25).
Anteriormente, o ex-vereador, que confessou o homicídio, tinha dito que a
motivação do crime seria por ciúmes. A mulher do ex-vereador também foi
presa por participação no crime. O filho deles teve prisão decretada e,
segundo o adovado, deve se entregar ainda nesta quarta.
O delegado do caso detalhou as motivações do crime durante coletiva
de imprensa. "Acostumado àquela estrutura que a política lhe dava, os
cargos comissionados ocupapos por ele em Santa Rita, e depois disso tudo
passou a enfrentar uma crise financeira e buscou esse meio cruel como
forma de atravessar essa crise. Não só se apropriando ilicitamente do
imóvel da vítima, como também subtraindo valores de sua contra
bancária", contou Walter Brandão.
Segundo a delegada a Ranielle Vasconcelos, responsável pelo caso, a
vítima teria vendido uma casa para o casal e foi morta quando seguia
para João Pessoa para receber o pagamento. O crime aconteceu no dia 27
de abril e a vítima estava desaparecida até o dia da prisão dos
suspeitos.
Os restos mortais dela foram achados dentro de um canavial na cidade
de Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa. Ainda segundo Walter
Brandão, foram encontrados vários ossos espalhados pelo local, entre
eles o crânio, e também roupas.
As buscas pelo corpo da comerciantes estavam sendo realizadas desde a
noite do dia 19, depois que o casal suspeito do crime foi preso na
quarta-feira (18) no Ceará e contou onde o corpo da vítima estaria. Após
o corpo ter sido encontrado, o suspeito de assassinar a comerciante,
Antônio Alves de Morais explicou que o filho dele deixou o corpo da
vítima no local onde a polícia o encontrou.
"Eu trouxe ela morta para o local onde eu já apresentei. Ele foi que
disse que ia trazer o corpo de lá para aqui", relatou. O corpo vai ser
encaminhado ao Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC) para
fazer o exame de DNA.
Antônio disse ter matado a comerciante por ciúmes e disse que o filho
dele estava no carro na hora do crime, mas se arrepende do assassinato.
Ele diz ainda não ter ficado com dinheiro da comerciante. “Vou
completar 65 anos agora. Acabei com minha vida”, frisou.
Em entrevista na manhã do dia 20, Antônio deu detalhes de como
aconteceu o crime. Segundo ele, a vítima foi morta dentro do próprio
carro em um local próximo ao aeroporto de João Pessoa e, em seguida, a
levou para o local onde foi abondanada. "Passei uma corda no pescoço
dela e puxei", detalhou Antônio, que confessou: "Matei por ciúme!".
Sobre a participação do seu filho no crime, ainda na entrevista, ele
ressalta que o rapaz só veio a saber do cirme depois. "Ele gritou: 'pai
não faça uma loucura dessa não'. Ele ficou doidinho, ele é pastor",
contou. Antônio disse ainda estar confuso sobre o local onde abandonou o
corpo. "Uma hora depois o arrependimento bateu. Por isso não encontrei
ainda. Fiquei doidinho", relatou.
A delegada Ranielle Vasconcelos contou como foram as investigações.
Segundo ela, a equipe investigativa da 7ª Delegacia Seccional recebeu a
denúncia do desaparecimento da comerciante Maria Arcanjo da Silva e foi
rastreado um verdadeiro rastreamento dos passos do casal que havia
negociado a venda de uma casa com a comerciante. "Conseguimos
identificar através das imagens do circuito interno de um banco que os
suspeitos efetuaram saques na conta da vítima”, esclareceu a delegada.
Com base nesses indícios, a delegada Ranielle Vasconcelos pediu a
prisão preventiva do casal e o delegado regional de Iugati (CE) deu
cumprimento. A prisão aconteceu na cidade de Saboeiro, no Ceará.