Eu
desperdiço. Tu desperdiça. Ele desperdiça. Nos desperdiçamos... Foi essa
a maneira que o Professor Carlos José da Silva Pinto (Carlão) encontrou
para chamar atenção e mobilizar a comunidade e as autoridades para o
uso racional da água, em Diamante (PB).
Carlão
criou um projeto denominado de “carta escrita no ano de 2015” que tem o
principal objetivo de expor a realidade vivida hoje, mostrando para as
próximas gerações, se o homem é ou não capaz de conservar o grande bem
precioso que é a água.
(Alunos enterraram uma cápsula)
Dezenas de
alunos participaram do projeto que enterrou uma cápsula contendo cartas,
fotos e objetos eletrônicos na última sexta-feira (06) e só será
reaberta no ano de 2013, conforme relata o professor.
Em pleno ano de 2015, vivemos um colapso de escassez de água, a sociedade vive sérios problemas tanto sociais como hídricos.
Há anos
atrás podíamos lavar calçadas, carros, banhar durante horas,
desperdiçando água em grande abundancia; e hoje já não temos mais estes
prazeres, agora temos que fazer tudo para não desperdiçá-la.
Havia
muitos anúncios em vários meios de comunicação que diziam sobre a
conscientização do cultivo à água, e ninguém lhes dava atenção, a
sociedade tinha em mente que à água nunca acabaria.
Hoje, rios,
barragens e vários reservatórios de água estão plenamente secos. A
natureza que nos rodeia está se semelhando a um deserto pela seca
brutal, tivermos de cavar poços artesianos e está foi uma das últimas
alternativas de arrancar as últimas gotas de água que nos resta.
A cada dia
que passa as esperanças acabam, os pastos ficam cinzentos, os animais
emagrecem, vem a fome, a sede, a miséria e o medo.
Nos dias
atuais os sofrimentos das nossas famílias são insignificantes. Um drama
termos de carregar baldes em nossas cabeças; situação dolorosa em meio a
destruição provocada pela seca.
Consciência
ou não? Do desespero do homem à destruição dos rebanhos, da fome e da
sede alastrada; está sendo uma das secas mais terríveis que se espalham
por toda região; futuramente ninguém mais falará de rico e de pobre.
Será a socialização da miséria. Se todos os humanos compreendessem o que
estamos passando, revertemos esta situação.
A escola
que realizou o projeto foi a Estadual Adilina de Sousa. O professor
disse que tirou a ideia baseado em fatos reais que aconteceram em outros
países.
Do DiamanteOnline