A Secretaria de Estado da Saúde (SES) ofereceu, nesta segunda-feira (26), um café da manhã às usuárias e aos servidores do Centro de Diagnóstico do Câncer – CEDC, como parte da Campanha “Outubro Rosa”, que tem o objetivo de conscientizar as mulheres quanto ao câncer de mama. O ato contou com a presença da secretária de Estado da Saúde, Roberta Abath. O evento foi promovido na sede do CEDC, na Av. Duarte da Silveira, em João Pessoa.
“A Campanha está chegando ao fim, mas o meu alerta é para que todas as mulheres continuem se prevenindo diariamente e, dessa forma, evitar não só o câncer de mama como também todas as doenças que podem ser eliminadas por meio de diagnóstico precoce”, disse a secretária, que ficou bastante satisfeita com o que ouviu da missionária Luciene Virgínia, de 40 anos, que foi curada de um câncer de mama descoberto quando ela estava com 22 anos.
“Quando fui à ginecologista, por conta de um corrimento vaginal, ela aproveitou para fazer o toque das mamas e descobriu um nódulo. Fiz os exames; foi descoberto que era câncer; a mama foi retirada e dez anos depois houve a reconstrução. Hoje estou curada, mas não deixo de me prevenir, pois sou prova de que, quando detectado cedo, o câncer de mama tem cura”, falou.
O tratamento de Luciene foi feito pela mastologista do CEDC, Eulina Helena. “Uma das coisas que a gente mais defende é a realização dos exames de detecção, a exemplo da mamografia porque só a partir daí se dá a continuidade do tratamento, a exemplo de biópsia, cirurgia, quimioterapia, radioterapia, de acordo com a necessidade de casa situação”, explicou.
Segundo a coordenadora estadual de Saúde da Mulher da SES, Maria de Fátima de Moraes, a rotina atribulada da mulher proporciona vários fatores de risco para o câncer de mama. “Aliado a hereditariedade, temos o sedentarismo, a alimentação e o estresse da vida moderna. Isso muda o perfil da população alvo, que era somente entre 50 e 69 anos, para mulheres bem mais jovens. Daí a vigilância ser o ano inteiro. O “Outubro Rosa” existe para dar visibilidade às ações promovidas durante todo o ano”, disse.
A técnica de enfermagem do CEDC, Alberlândia de Lima, de 33 anos, descobriu que estava com um nódulo na mama. Depois de passar por todos os exames, ofertados pelo Centro, descobriu que era um nódulo de gordura. Mesmo assim, precisa fazer acompanhamento. “Graças a Deus e ao CEDC deu tudo certo. Isso me fez perceber como é importante a gente se prevenir contra qualquer doença”, confessou.
O CEDC oferece atendimento às mulheres com suspeita ou diagnóstico de câncer de mama, para acompanhamento e encaminhamento aos serviços especializados, quando necessário. “O CEDC tem estrutura para receber toda a demanda do estado, com profissionais qualificados para os procedimentos de diagnósticos. Aliado a isso, temos laboratórios de citologia e patologia que auxiliam na confirmação do diagnóstico. Um detalhe importante é que nossos atendimentos são realizados por meio de encaminhamento das Unidades de Saúde da Família”, explicou a diretora geral do Centro, Roseane Machado.
O nome “Outubro Rosa” remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama. O propósito é chamar a atenção para a importância do cuidado com o corpo, com ênfase nas mamas, por parte das mulheres.
Óbitos e casos – Na Paraíba, foram registrados, em 2015, 143 óbitos. Em 2014, foram 241 e em 2013, foram 212 óbitos.
Para os anos de 2014 e 2015, são esperados, na Paraíba, 750 casos novos. Em João Pessoa, estima-se 260 casos novos e com um risco estimado de 66,48 a cada 100 mil mulheres.
Câncer de Mama – O objetivo da detecção precoce é reduzir a mortalidade por câncer de mama, por meio do exame clínico anual, a partir dos 40 anos e da mamografia, no máximo, a cada dois anos, para mulheres de 50 a 69 anos.
Uma das ações da Atenção Básica dos municípios é destinada ao cadastro e identificação das mulheres, a partir dos 40 anos, para desenvolver ações de promoção, prevenção, rastreamento/detecção precoce e cuidados paliativos.
Mamógrafos – De acordo com o Ministério da Saúde, a concentração mínima de mamógrafos por área geográfica, na Paraíba, deveria ser de 16 mamógrafos.
Na Paraíba existem 30 mamógrafos funcionando em convênio com o SUS, destes, 18 são da rede privada e 12 da rede pública, localizados em João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Guarabira, Monteiro, Patos, Itaporanga, Catolé do Rocha, Sousa, Princesa Izabel e Pombal.
Em todo Estado, em 2014, foram realizadas 49.943 mamografias de rastreamento, em mulheres de 50 a 69 anos e, em 2015, de janeiro a junho, foram 25.034.
Advindo de www.paraiba.pb.gov.br