Cerca de 50 prefeituras
da Paraíba atrasaram entre um e três meses o pagamento da folha de
pessoal, deixando cerca de 30 mil servidores públicos sem salários.
A denúncia é da
Federação dos Servidores Públicos Municipais no Estado da Paraíba
(Fespem-PB) e sindicatos, que se mobilizam com greves e ações na
Justiça, pedindo o bloqueio das contas das prefeituras e, por
conseguinte, a destinação dos recursos para a atualização dos
vencimentos do funcionalismo.
Em Brejo dos Santos, no
Sertão, o prefeito Luiz Vieira demitiu 54 contratados que estavam com os
salários atrasados há três meses, mas ainda não quitou os vencimentos.
Em entrevista à imprensa, o gestor culpou a crise econômica pelo
atraso.
“A gente vinha pagando
em dia, mas com a queda no FPM (Fundo de Participação dos Municípios)
contratados e comissionados ficaram com alguns meses sem receber
dinheiro. Se a gente continuasse com essa quantidade de funcionários,
iria fazer uma bola de neve. Funcionário que hoje estava com três meses
atrasados, passaria a cinco, seis, oito meses e a gente nunca ia
conseguir resolver esse problema”, explicou Vieira. Os demitidos
denunciaram o caso ao Ministério Público e ao Poder Judiciário e esperam
que haja bloqueio das contas da prefeitura da cidade.
Ainda no Sertão,
dirigentes do sindicato dos servidores públicos acamparam em frente à
Prefeitura Municipal de Igaracy para cobrar da prefeita Deusaleide Leite
o pagamento dos vencimentos em atraso da categoria. Em Jericó,
servidores também esperam pelos salários. Em Cajazeirinhas, os
professores do município publicaram em redes sociais notas de desabafo e
repúdio, principalmente em relação aos constantes atrasos no pagamento
dos seus vencimentos.
Agreste
No Agreste, após mais de
30 dias em greve, servidores municipais da cidade de Massaranduba
realizam assembleia hoje e depois seguem em passeata pelas ruas centrais
da cidade. A direção do Sintab revela que os funcionários reivindicam
pagamento dos salários que estão atrasados. Há casos de trabalhadores
que não recebem seus vencimentos desde o mês de agosto. O sindicato
impetrou mandado de segurança na Justiça, pedindo o bloqueio do Fundo de
Participação dos Municípios para pagar aos servidores. A entidade
também denuncia atrasos em Riachão do Bacamarte e Arara.
Por sua vez, a
presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú e
Seridó (Sinpuc), Edilândia Ferreira, denunciou ao Ministério Público da
Paraíba atrasos nos pagamentos dos vencimentos dos servidores de Nova
Palmeira, São Vicente do Seridó, Pedra Lavrada e Damião.
No Brejo, foram denunciadas por falta de pagamento as prefeituras municipais de Alagoa Nova e São Sebastião de Lagoa de Roça.
Do Jornal da Paraíba
Do Jornal da Paraíba