O artesanato paraibano foi homenageado em sessão especial realizada na manhã desta sexta-feira (25), Dia do Artesão, no plenário “Deputado José Mariz”, da Assembleia Legislativa da Paraíba.
A deputada Estela Bezerra foi a autora da propositura e a sessão teve a participação de gestores da área do artesanato e dezenas de artesãos paraibanos. Na ocasião, a gestora do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Lu Maia, recebeu o Título de Cidadã Paraibana, e a artesã mais antiga integrante do PAP, Antônia Ribeiro, foi homenageada.
Lu Maia destacou que o PAP tem incentivado os artesãos paraibanos em seu desenvolvimento econômico, cultural e social. “Nosso papel se concretiza através das oportunidades que damos para as vendas de seus produtos e escoamento da produção seja no cenário estadual, nacional ou internacional”, afirmou a coordenadora.
Recentemente, o artesanato paraibano conquistou um selo de qualidade do Instituto Nacional de Produção Industrial (INPI) e, segundo Lu Maia, isso faz com que a categoria conquiste respeito e admiração. “Isso só ajuda, pois desta forma os artesãos podem vender suas obras para a Europa, para a América do Norte ou para qualquer outro país diante das nossas oportunidades”, afirmou, ressaltando a participação da Casa de Epitácio Pessoa no apoio aos artesãos. “A deputada Estela Bezerra teve um olhar especial para a categoria que está às vias de ser regulamentada. Nunca o artesanato teve essa visibilidade, nunca teve esse reconhecimento da comunidade paraibana e também dos turistas”, concluiu.
A gestora do Programa de Artesanato Paraibano (PAP), Lu Maia, também foi homenageada pela Assembleia Legislativa, através da deputada Estela Bezerra, por reconhecimento ao seu trabalho à frente do PAP. De acordo com a parlamentar, a atividade do artesanato ainda não é regulamentada no país, “precisa de regulamentação, de expansão, a gente tem um dos artesanatos mais ricos, a nossa cultura popular e a identidade nacional é mais forte no Nordeste e a Paraíba é a composição desse cenário, mas nós podemos muito mais”, pontuou.
Estela Bezerra ressaltou que o segmento político e executivo têm ainda muito a fazer pelo artesanato “mas a própria iniciativa privada precisa compreender que o artesanato tem uma grande força no nosso país e que ele pode ser viável não só economicamente mas ser um produto singular da nossa terra exposta para fora do país”. A parlamentar lembrou que o Governo do Estado tem feito um trabalho singular em difundir o talento dos artesãos da Paraíba, através do Programa de Artesanato Paraibano.
Presente à sessão na AL, a coordenadora nacional do Programa do Artesanato Brasileiro, ligado à Presidência da República, Ana Beatriz Loureiro Ellery, avaliou que o artesanato do Brasil é um dos mais bonitos do mundo. “Precisamos realmente valorizar um pouco mais, a gente precisa ter a cultura de comprar o artesanato e para isto o programa providencia um selo para que o brasileiro compre um produto feito pelas mãos do artesão”.
Ela afirmou que o modelo do Programa do Artesanato da Paraíba está sendo estudado pelo governo brasileiro. “Aqui na Paraíba vejo um grande destaque do artesanato pela valorização que o Estado dá ao artesão e ao artesanato; então no cenário do Brasil a gente consegue olhar que a Paraíba vem se destacando bastante, inclusive é um modelo que a gente estuda para que a gente possa implementar em outros estados”, disse. E frisou: “A Paraíba está anos luz à frente dos outros estados e quero aqui parabenizar o Estado por isso”, concluiu.
A gestora do Sebrae Paraíba na área de artesanato, Sandra Duarte, afirmou que a diversidade do artesanato no Estado é referência no país e através de convênios com o Governo do Estado assiste aos cerca de 7 mil artesãos paraibanos há vários anos, através dos Salões do Artesanato. “O Sebrae continua de portas abertas ao talento dos artesãos e artesãs da Paraíba”, pontuou.
A mais antiga artesã cadastrada no Programa de Artesanato da Paraíba, dona Antonia Ribeiro de Mendonça, da cidade de Ingá, é especialista na tipologia Labirinto e foi também homenageada pela Assembleia Legislativa. “Me sinto muito feliz pelo reconhecimento de meu trabalho. Tenho 83 anos de idade e acho que esse foi o melhor prêmio”, declarou. Ela é fundadora da Associação das Labirinteiras de Ingá, com 35 mulheres artesãs.
O artesão Éder Medeiros, 32, uniu a arte da música ao artesanato. Ele produz instrumentos musicais e ressaltou os avanços após a adesão ao PAP. “Foi uma mudança muito grande. Comecei a ver o reconhecimento da minha arte. Essa homenagem é muito gratificante. É aprova de reconhecimento do meu trabalho”, relatou.
O presidente-curador do Artesanato do Estado, José Nilton da Silva, informou que a Curadoria do Artesanato tem a função de classificar, descobrir o artesão anônimo, dar dignidade, fornecer a carteira do artesão, além de orientá-los, e funciona na Casa do Artista Popular, localizada na Praça da Independência. Segundo informou, 75% dos artesãos paraibanos são mulheres.
Ainda participaram da sessão especial a presidente da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego, Márcia Lucena; e representantes de sindicatos e associações de artesãos. A sessão teve como atração cultural o grupo Os Fulano – Forrobodó Parahyba.
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