No conjunto arquitetônico, foram investidos mais de R$ 240 milhões, sendo R$ 60 milhões no teatro entregue no aniversário de 430 anos da Capital paraibana.
O teatro tem 11.763 m² de área construída e capacidade para quase 3 mil pessoas. O nome Pedra do Reino é uma homenagem ao escritor paraibano Ariano Suassuna, autor de obra homônima. O equipamento foi projetado para receber grandes espetáculos nacionais e internacionais.
Durante a solenidade, Ricardo afirmou que a entrega do teatro muda a história da indústria do turismo em João Pessoa e consolida uma vertente da cidade e da Paraíba que é a cultura. “O Centro de Convenções significa um grande incentivo à nossa economia. Eu estou falando de 52 cadeias produtivas que dialogam diretamente com o turismo”, pontuou.
Na plateia, dona Zélia, viúva de Ariano, ao lado dos filhos, entre os quais o escritor Manoel Dantas Suassuna, o qual revelou que a família está feliz com a homenagem na terra onde nasceu o autor da obra A Pedra do Reino. “Um artista quer ver sua obra celebrada, perpetuada, então achei muito bom terem colocado esse nome no teatro”, comentou. “A homenagem é uma forma de mantê-lo vivo porque ele deixou um legado muito bonito e a viabilização de espaços como esse teatro preserva a cultura que meu pai valorizava tanto”, observou Mariana Suassuna.
Em nome da família de Ariano Suassuna, o advogado e neto do escritor, João Urbano, agradeceu ao Governo do Estado pela homenagem ao mestre nascido em João Pessoa. “Ariano representa exatamente a coerência e a lealdade”, definiu. A solenidade teve o ator Mateus Nachtergaele como mestre de cerimônia. Ele parabenizou os paraibanos pela obra e revelou que, da próxima vez que voltar a João Pessoa, deseja atuar no palco do Teatro Pedra do Reino.
O secretário de Estado da Cultura, Lau Siqueira, lembrou uma frase da cantora Zélia Duncan. “Não é um teatro da Paraíba, é um teatro do Brasil”. De acordo com o secretário, agora a Paraíba está no centro da produção cultural brasileira.
A inauguração teve a presença de 3 mil convidados, incluindo políticos, empresários, artistas, jornalistas, além de representantes de vários outros segmentos da sociedade paraibana. Profissionais especializados em turismo de outros estados também cobriram o evento, que contou com apresentações da Orquestra Sinfônica da Paraíba, da cantora lírica paraibana Maria Juliana e da cantora Zélia Duncan. As polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros também atuaram na inauguração.
Participaram da cerimônia, entre outras autoridades, a vice-governadora Lígia Feliciano, o deputado federal Damião Feliciano, o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Marcos Cavalcanti; o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo; o arcebispo da Paraíba Dom Aldo Pagotto, o senador José Maranhão e o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino.
O Teatro – A estrutura do Teatro Pedra do Reino envolve sonorização e iluminação cênicas de última geração. Dos 2.924 lugares existem 2.820 poltronas comuns; 18 poltronas para obesos; 36 poltronas para portadores de mobilidade reduzida e 50 lugares para cadeirantes. O teatro possui seis níveis. Tem formas em curvas e compõe-se de quatro volumes: hall de entrada, foyer, plateia e palco.
O equipamento tem estrutura mista, concreto armado e estrutura metálica. O teatro está integrado ao conjunto arquitetônico do Centro de Convenções e foi priorizada a utilização de curvas, que remetem às ondas do mar do litoral paraibano, em contraste com o bloco central, a Torre do Mirante, eixo do complexo.
No foyer duas escadas soltas nascem no piso, atingindo mezanino em grande abertura circular vazada com diâmetro de 27 metros. O mezanino, no 2º nível possui aberturas envidraçadas em faces opostas que visam a transparência para o exterior. Esse mezanino dá acesso ao balcão que possui aproximadamente 16% dos lugares do teatro. O acesso ao mezanino também pode ser feito através de três elevadores, permitindo acessibilidade.
Sobre o balcão, em balanço, projeta-se volume em estrutura de concreto que abriga cabines de tradução, de projeção e depósito de equipamentos com 78 m². No nível 1, no foyer, portas dão acesso à circulação de fundo e circulações laterais, externas à plateia permitindo total flexibilidade e independência de trânsito ao longo do espaço interno.
As paredes laterais da plateia são duplas, para isolamento acústico. Elas foram revestidas com material especial e criados difusores com seção cilíndrica, utilizados também para iluminação visando efeito luminotécnico, dando movimento e leveza ao volume interno do teatro. Sobre a plateia, escondidos pelo forro, pontes técnicas em estrutura metálica atravessam o teto abrigando iluminação cênica.
O palco, juntamente com as coxias (áreas laterais ao palco para movimentação de cenários) possui cerca de 900 m². Sob o palco foi projetado o fosso para orquestra e subsolo com para instalação de sistemas de movimentação de cenários. Atrás do palco existem quatro camarins com banheiros e uma sala para confraternização.
Fonte: www.paraiba.pb.gov.br
Postado por Hosmá Passos.