A tarde desta quarta-feira (18) foi de grande comoção, talvez uma das maiores já vividas na pequena cidade de Ibiara, que tem pouco mais de 6 mil habitantes. Aconteceu o sepultamento do sargento da Polícia Militar, Pedro Marques da Silva de 49 anos.
Sem maiores explicações, o editor deste portal expressa sua opinião em relação ao reconhecimento do trabalho de mais de 10 anos, prestados pelo sargento “Da Silva”, na cidade de Diamante. Trabalho este que foi pouco reconhecido pelas autoridades políticas nestes dois dias, porém reconhecido em massa pela própria sociedade.
Ao findar do dia desta quarta-feira, centenas de cidadãos diamantenses, das mais variadas classes sociais, e uma grande gama de militares, estiveram participando do cortejo fúnebre do ibiarense morto precocemente.
Imagens abaixo:
Da Silva era tido como filho de Diamante, tanto que mantinha diálogo aberto com todos os cidadãos da cidade, do mais rico ao mais pobre. Passou por situações vexatórias em Diamante, mais na hora de impor a ordem pública ele sabia como fazer muito bem e com classe.
O sargento Da Silva tinha coração, em sua última ação, prendeu um cidadão que em um momento de fraqueza furtou objetos de baixos valores em uma residência que encontrou aberta, porém ele sabia do seu histórico como cidadão de bem e comunicou pessoalmente ao Delegado Plantonista que analisasse o caso, nesta ótica podemos ver que o sargento fazia sua parte, porém não usava o corporativismo para se promover, e sim para ajudar aquela pessoa a não voltar a praticar o mesmo delito. Da Silva tinha um coração tão grande, que as vezes trazia a pessoa que cometeu o delito para casa, sabendo que se ele não trouxesse, aquele não tinha meios financeiros para retornar a Diamante, após a lavratura do Boletim de Ocorrência.
Agora resta uma Viatura Policial rondando pelas ruas da cidade de Diamante, com o seu rosto expresso por onde passa. Isso porque Da Silva rondava dias e noites com o braço para o lado de fora deste veículo, para cumprimentar de calcada em calcada o povo de Diamante, e por isso que este povo, aquele que o sargento falava diariamente, soube reconhecer o seu papel.
Quanto o cortejo, foi uma coisa bela, porem triste. Centenas de policiais souberam verdadeiramente como se despedir de um irmão de farda. Vieram policiais de várias localidades, além de oficiais que trabalham ou já trabalharam com o sargento Da Silva.
Enfim, o relato a cima, eu Arliston Jerônimo, editor deste portal, fiz sem cunho jornalístico, e sim, como forma de mostrar o que o simples sargento Da Silva nos proporcionou. Sem mais.
Por Arliston Jerônimo - Imagens do DiamanteOnline