Joaquim Santos
Rodrigues, o "Seu Lunga", morreu por volta das 9 horas deste sábado (22)
na cidade de Barbalha, no Cariri cearense.
"Seu Lunga" nasceu no
dia 18 de agosto de 1927, no Sítio Gravatá, na zona rural do município
de Caririaçu, na Região do Cariri. Viveu a infância com os pais e sete
irmãos no município de Assaré, e com 16 anos foi morar em Juazeiro do
Norte.
(Nena visitou Seu Lunga)
Comerciante, poeta e
repentista, o cearense era um dos mais folclóricos nomes da cultura
popular nordestina. Tornou-se personagem de inúmeras anedotas por suas
respostas ao ''pé da letra'', diretas e intempestivas.
Imagens abaixo - veja o que disse a jornalista sobre Seu Lunga:
O apelido, recebeu de
uma vizinha que passou a chamá-lo de Calunga que, com o tempo foi
reduzido para "Lunga". Casado com dona Carmelita Rodrigues Camilo, era
pai de 13 filhos, dos quais, dois morreram. "Seu Lunga" tinha 87 anos e
estava internado no Hospital São Vicente de Paulo há três dias, em
Barbalha, por causa de um câncer de esôfago.
A Jornalista
conceiçãozense Nena Martins, ao tomar conhecimento do triste fato,
divulgou imagens inéditas de sua passagem ao estabelecimento comercial
do “ignorante”.
“Hoje o Ceará amanheceu
triste, Juazeiro do Norte amanheceu sem seu filho. Ele era tido como uma
pessoa ignorante, mas de tão especial que ele era, chegou a ser
homenageado várias vezes, na TV, no jornal, nas redes sociais, nos
cordéis. Era uma homenagem que sempre roubava um sorriso da gente. Eu
tive a honra de conhece-lo. Fui recebida de forma curiosa. Seu Lunga me
olhou dos pés à cabeça e disse: diga? Eu disse boa tarde seu lunga. Ele
afirmou que sim com um gesto simples, balançando a
cabeça. Meu primo
Francisco Martins, disse, seu Lunga esta é Nena Martins uma jornalista
paraibana, veio só pra lhe conhecer. Ele olhou bem serio, torceu a boca e
respondeu: Ela não tem outra coisa pra fazer não? E eu dando uma de
doida comecei a fazer perguntas, naturalmente, perguntas com respostas
esperadas. Pedi para ser fotografada com ele. E ele veio, saiu de trás
do seu balcão famoso em sua sucata, e fez algumas fotos comigo.
Finalizou recitando poesias para mim, tecendo elogios. Sai dali
encantada. E sempre voltei, anos a fio, passava, olhava ele, via que
estava bem e cumprimentava. Meses atrás observei sua sucata de portas
fechadas, logo percebi que algo estava acontecendo. Ele era doce, tinha
cara de nordestino sofrido, mas, era bem real e nunca levou desaforo
para casa. Deus te conduza a um lugar especial. Verdadeiramente
sentida.” Publicizou Nena Martins.
Do DiamanteOnline com Informações do G1-CE e do Facebook