Escolas regionais não alcançaram meta nacional e as dos maiores municípios do Vale foram ainda piores. Por Isaías Teixeira/Folha do Vale - As escolas públicas da rede municipal e estadual de ensino da região tiveram fraco desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ano passado, e, ao contrário da edição de 2011,
nenhuma delas alcançou a meta nacional estabelecida para as duas séries do ensino fundamental: 5,2 nas iniciais (do 1º ano ao 5º) e 4,4 nas finais (do 6º ano ao 9º).
nenhuma delas alcançou a meta nacional estabelecida para as duas séries do ensino fundamental: 5,2 nas iniciais (do 1º ano ao 5º) e 4,4 nas finais (do 6º ano ao 9º).
As notas, divulgadas no dia 5 deste mês, foram obtidas na Prova Brasil, tiradas em avaliações de Português e Matemática, e a partir de dados sobre a aprovação escolar. O indicador vai de zero a dez.
As melhores notas foram conquistadas por escolas dos menores municípios, com exceção da rede estadual de Coremas, que obteve média de 4,9 nas séries iniciais, a maior do Vale, garantida pela Cônego Bernardo, enquanto que alguns dos educandários das maiores cidades regionais, mais uma vez, tiraram as piores notas do país, principalmente nas séries finais.
As redes municipais de ensino de Itaporanga e Piancó, por exemplo, que tiraram 2,8 de média nas séries finais, terminaram entre as três piores avaliadas do Vale, só ganhando de Emas, que teve índice de 2,3. As únicas notas itaporanguenses e piancoenses foram obtidas, respectivamente, pelas escolas Jacinta Chaves e Luciano Freire de Farias. Na fase inicial do fundamental, a pior média da rede municipal ficou com Conceição, que tirou 3,2.
A desenvoltura da rede estadual de ensino de Itaporanga também deixou muito a desejar. Nas séries finais, a média alcançada foi de 2,7. Uma das piores notas, 2,1, foi tirada pela Normal Professor Francelino Neves, que só não foi pior do que a média alcançada pela Normal Santo Antônio (1,9), de Piancó, o pior educandário estadual do Vale na avaliação do Ideb. Com uma média de 2,8 nas séries iniciais, o município piancoense também teve a pior média regional do estado nessa fase do fundamental.
A escola estadual José Leite, de Conceição, que teve 2,6 de média nas séries finais, foi a pior avaliada do município e uma das piores do estado. A também estadual Calula Leite e a municipal Raimunda Leite Sobrinha igualmente não tiveram desempenho satisfatório na fase final e ambas tiraram 2,9 de nota.
Se a rede estadual de Coremas teve o melhor desempenho da região nas séries iniciais, na fase final do fundamental a situação foi bem diferente: a rede municipal teve 3,1 de média ante 3,5 da rede que o estado tem responsabilidade. A pior nota coremense foi tirada pela municipal Antônia Maria da Conceição, que chegou a 2,9 nas séries finais e 3,4 nas iniciais.
A rede municipal melhor avaliada na série inicial foi a de Pedra Branca, com índice de 4,6, tendo a maior nota, 4,5, conquistada pela escola Laura de Sousa Oliveira, que vem cumprindo as metas individuais estabelecidas para o educandário nas últimas quatro edições do Ideb. No entanto, na comparação com o Ideb de 2011, que conseguiu ultrapassar meta, teve uma queda de 0,5. Nas séries finais, a rede municipal melhor avaliada foi a de Curral Velho, que tirou índice de 4,1, nota obtida pela escola Antônio Gomes de Carvalho.
A rede estadual com a melhor média no Ideb, na fase final do fundamental, foi conquistada por Nova Olinda, cuja nota, 3,8, foi obtida pela escola João Leite Neto, que apresentou uma queda de 0,6 em relação ao Ideb de 2011. A pior rede estadual do Vale na última fase do fundamental é a de Boa Ventura, que alcançou somente 2,2 de média, tirada pela escola Cavalcante Sula.
Rede municipal - O desempenho da rede municipal nas séries iniciais e finais de cada cidade: Aguiar (3,9 e 3,0); Boa Ventura (3,8 e 3,0); Catingueira (3,8 e 3,5); Conceição (3,2 e 2,9); Coremas (3,4 e 3,5); Diamante (3,9 e 3,1); Emas (4,0 e 2,3); Ibiara (3,9 e 3,2); Igaracy (3,9 e 3,7); Itaporanga (3,8 e 2,8); Nova Olinda (4,0 e 3,2); Olho D’água (3,8 e 3,3); Pedra Branca (4,6 e 4,0); Piancó (3,4 e 2,8); Santana de Mangueira (4,5 e 3,9); Santana dos Garrotes (4,4 e 3,6); São José de Caiana (4,4 e 3,6); e Serra Grande (4,4 e 3,4). Santa Inês apresenta, apenas, nota tirada nas séries iniciais de sua rede que, foi de 3,6. Já Curral Velho traz a sua nota nas série finais: 4,1.
Na Paraíba - Na Paraíba, a média de todas as escolas da rede estadual foi de 4,2 para as séries iniciais e 3,0 para as séries finais do ensino fundamental. Ou seja, nosso estado não alcançou as metas nacionais.
Alunos do ensino médio também passam por avaliações, mas o Ideb não é divulgado por escola. O indicador é obtido pelas notas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e pela taxa média de aprovação percentual. O índice da rede estadual paraibana foi de 3,0, ficando abaixo da média nacional (3,9). Já o índice geral do estado foi de 3,3, também inferior ao índice nacional. Além do Ideb, outro indicador que avalia o ensino médio no país é o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que este ano ocorrerá entre os dias 8 e 9 de novembro.
As médias tiradas pela Paraíba nas duas séries do fundamental, levando-se em conta todos os resultados obtidos pelas escolas públicas, também não alcançaram a meta nacional. Os resultados conquistados foram o seguinte: 4,2 nas séries iniciais e 3,2 nas séries finais.
Do Folha do Vale