O delegado de Itaporanga, Cristiano Santana, estima que, aos menos, 21
pequenos pecuaristas locais e de outras cidades do Vale tenham sido vítimas de
dois negociantes de animais, que compraram cavalos, bestas, pordos e burros e
não pagaram aos proprietários.O estelionato, conforme algumas das
vítimas, ocorreu entre janeiro e fevereiro deste ano, quando os homens estiveram
na cidade à procura de animais para comprar e fecharam vários negócios, mas,
intencionalmente, não honraram os compromissos assumidos, conforme o delegado.
Somente entre Itaporanga e Boa Ventura foram oito criadores lesados. Eles
tiveram um prejuízo superior a 25 mil reais. Os compradores não pagaram as notas
promissoras assinadas nem os cheques emitidos.
Um dos mais prejudicados foi o agropecuarista conhecido como Ticão, do sítio Santo Antônio, município de Itaporanga. Ele teve um prejuízo de 9 mil e 500 reais. A partir da denúncia de algumas vítimas, o delegado Cristiano Santana começou a agir e pediu à Justiça a prisão dos acusados, e foi preciso muita insistência e trabalho para convencer o judiciário da necessidade da prisão, mas conseguiu a prisão temporária dos acusados por cinco dias.
O passo seguinte foi localizar os acusados, o que levou mais algum tempo, e finalmente eles foram presos: em parceria com a delegacia de Itaporanga, policiais civis da seccional de Campina Grande, chefiados pelo delegado itaporanguense Francisco Yaslei Almeida, prenderam a dupla durante em uma feira livre na cidade de Remígio na manhã desse domingo, 24, e foram apresentados à polícia itaporanguense nessa segunda-feira.
Depois de ouvidos pelo delegado, Manoel Fernando Alves Cavalcante, de 49 anos, morador do Conjunto Novo, em Remígio, e Manoel Orlínio Cabral, de 63 anos, residente na Rua Santo Antônio, na mesma cidade, foram recolhidos à cadeia de Itaporanga. Segundo dr. Cristiano Santana, os dois foram indiciados por estelionato e associação para o crime. Com a prisão dos acusados, os proprietários vítimas do golpe, muitos deles que ficaram sem os únicos animais que tinham, estão esperançosos de que possam ter seu prejuízo sanado. “Vendi o único animal que tinha para trabalhar, não recebi o dinheiro e fui muito prejudicado”, comentou uma das vítimas.
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