Doença atacou, ao menos, duas pessoas nos últimos três meses no município
Por Redação da Folha –
Depois de uma criança de um ano e nove meses da Vila Mocó sobreviver ao
calazar (leishmaniose visceral), surge mais uma vítima da doença em
Itaporanga, e a pessoa não resistiu: trata-se de uma mulher de 54 anos,
que residia com o esposo e os oito filhos no sítio Lagoa Seca.
Ela faleceu há 11 dias em um hospital de Campina Grande, onde passou mais de um mês internada. Segundo uma sobrinha da dona de casa, que confirmou à Folha o diagnóstico da doença, a mulher foi internada inicialmente em Itaporanga e, depois, foi transferida para Campina, mas não houve jeito.
A filha mais nova da dona de casa tem 11 anos, e toda a família ficou muito abalada com seu falecimento. A informação é que duas sobrinhas da vítima também tiveram a doença em anos anteriores, mas sobreviveram.
O calazar é uma doença terrível e que pode matar se não for tratada imediatamente. A enfermidade é transmitida por um protozoário através de mosquito, que contrai o microorganismo em um depositário, geralmente caninos e roedores.
Temendo novos casos, moradores da Vila e da comunidade rural esperam que os serviços de defesa sanitária e epidemiológica inspecionem os locais afetados para tentar conter a proliferação do protozoário.