Por Isaías Teixeira/Folha do Vale - A Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) e a Corregedoria Geral do Ministério Público da Paraíba (MPPB) vão recomendar, de forma conjunta,
aos promotores de Justiça que atuam nas Promotorias da Execução Penal, para exigirem das direções de todas as unidades prisionais do estado, incluindo as do Vale, o cumprimento de uma lei estadual que proíbe a chamada revista íntima considerada “vexatória”, por constranger os familiares dos detentos, principalmente mulheres. A região tem cinco cadeias (Itaporanga, Conceição, Piancó, Coremas e Santana dos Garrotes).
A Lei 6.081, de 18 de abril de 2000, foi sancionada há 14 anos e é de autoria do então deputado estadual Luiz Couto, e, para a Comissão Estadual dos Direitos Humanos (CEDH), as revistas vexatórias têm sido cada vez mais rigorosas, desrespeitando a norma.
O Artigo 1º da lei diz que “a revista dos visitantes, necessária à segurança interna dos presídios do estado da Paraíba, será realizada com respeito à dignidade humana e segundo os dispostos na lei”. Já o Artigo 5º determina: “Para garantia da segurança serão instalados detectores de metais e outros equipamentos necessários a impedir o ingresso de qualquer tipo de arma e drogas nas casas prisionais”. Já o Artigo 6º ressalta: “Fica excluída da rotina da revista padronizada a realização da revista íntima, que será efetuada, excepcionalmente, dentro dos limites fixados na lei”.
A decisão de recomendar o cumprimento da lei saiu de uma reunião realizada em João Pessoa nessa terça-feira, 14, onde participaram o procurador de Justiça Alcides Jansen, corregedor-geral do MPPB; o promotor de Justiça Lúcio Mendes Cavalcanti, coordenador do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf); o promotor de Justiça Rodrigo Marques da Nóbrega, promotor-corregedor; e os promotores de Justiça Isamark Leite Fontes e Nilo de Siqueira, promotores da Execução penal da Capital.
Segundo o MPPB, “ainda fizeram parte dos debates, Eduardo Aníbal, do Conselho dos Direitos Humanos da OAB paraibana; Danielle Magalhães, da Comissão de Diversidade Sexual e Direito Homoafetivo da OAB-PB; Werton Magalhães, procurador da República; Guiany Campos Coutinho, do Conselho Estadual dos Direitos Humanas da Paraíba; procurador Luciano Mariz Maia, do Ministério Público Federal (MPF); Gabriela Freitas Macena, da Ouvidoria do Sistema Penitenciário; e Carlos Neves da Franca Neto, juiz da Execução Penal de João Pessoa”.
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