segunda-feira, 19 de maio de 2014

Especialista fala sobre expectativa de uso de mídias sociais nas eleições deste ano. Confira!

Com as eleições 2014 se aproximando, os políticos da Paraíba estão cada vez mais atuante nas redes sociais, assim como os eleitores, que têm usado com frequência as ferramentas de comunicação para debater sobre e com os pré-candidatos, além disso, os profissionais do marketing político aceleram os preparativos para a campanha.
Quem irá falar sobre as eleições no mundo virtual, será o especialista em marketing, Alek Maracajá, que trabalha há 13 anos com marketing político digital.

01 – Como e quando a internet, principalmente as redes sociais, se tornou uma das principais estratégias de uma campanha eleitoral?

Alek Maracajá – Após o presidente americano Barrack Obama utilizar o Twitter como estratégia de marketing na eleição presidencial de 2008, as redes sociais virou peça fundamental nas campanhas políticas do mundo. A Internet é um meio relativamente novo na campanha política. E hoje, além dos tradicionais sites e blogs, as pessoas estão muito focadas nas redes sociais. Estamos alcançando, de 2010 para cá, um crescimento de 67% no uso de smartphones com internet. São 255 milhões de linhas ativas e 14% da população já tem um smartphone com plano de dados

02 – Até que ponto as redes aproximou a população do meu político? 

Alek Maracajá – Os paraibanos passam a utilizar bastante o celular como meio de comunicação nas redes, através do facebook e twitter. A facilidade de acesso a internet, aproximou a população do meio, as pessoas encontram nas redes sociais um espaço aberto para declarem o que pensam, sentem e reivindicam. Na área política elas ganham uma grande força porque é o espaço onde as pessoas relatam e cobram melhorias para a qualidade de vida nas cidades e no país.

03 – Como você analisa a atuação dos políticos paraibanos nas redes durante as últimas campanhas?

Alek Maracajá – Em 2010 as redes já foram bastante utilizadas no processo eleitoral paraibano, principalmente com as transmissões ao vivo dos comícios online. Foi iniciada a era do comício chamado 2.0, onde as pessoas tinham a comodidade de ficar em casa vendo as propostas dos candidatos, por meio até do celular podem acompanhar tudo ao vivo. Outra forma usada, foi de aproximar os eleitores ao candidato, com as conversas do político com os internautas, uma estratégia que deve ser usada com mais força neste ano.

04 – E neste ano, como vem sendo a atuação dos pré-candidatos a eleição ou reeleição?

Alek Maracaja – Dando como exemplo os três principais pré-candidatos a governador do Estado; Cássio Cunha Lima (PSDB), Ricardo Coutinho (PSB) e Veneziano Vital (PMDB) tem sido bastante satisfatória, os três possuem atuação continua e frequente nas redes sociais, estão atualizados, eles não só movimentam suas páginas por meio de assessorias e sim, realizando seus próprios comentários e postando suas fotos.

05 – Qual a rede social que será a bola da vez na campanha eleitoral de 2014?

Alek Maracajá – Com certeza a volta do Twitter e o WhatsApp, que no caso deste último, os vídeos deverão ser o maior investimento para rede, sendo utilizada com intuito de virar vídeos virais, pois os grupos na ferramenta torna um rede focada. Na Paraíba, o Twitter não foi muito bem utilizado em 2012, mas deve retornar em alta no processo eleitoral deste ano. O Twitter teve uma baixa por conta da popularidade do Facebook, mas esse ano vai ser uma ferramenta muito importante nas eleições.

06 – Existem prazo para as propagandas eleitorais, no caso de internet como isso funciona?

Alek Maracajá – A propaganda eleitoral na Internet está liberada a partir do dia 5 de julho e é permitida tanto em sites próprios (do candidato ou do partido), desde que com endereço previamente comunicado à Justiça Eleitoral, como em redes sociais e de mensagens instantâneas. Também é permitida a propaganda distribuída por e-mail para endereços gratuitamente cadastrados, desde que haja a opção de descadastrar-se da lista.

07 – Os internautas, bem como o candidato deve tomar mais cuidados na hora de usar as redes sociais durante período eleitoral?

Alek Maracajá – O TSE estabelece a livre manifestação do pensamento, vedado o anonimato, durante a campanha eleitoral, mas deve ser assegurado o direito de resposta. A violação dos artigos apresentados na resolução sujeita o responsável pela divulgação da propaganda irregular e, quando comprovado prévio conhecimento, o beneficiário à multa no valor de R$ 5 mil a R$ 30 mil reais. Tudo que não estiver especificado na legislação como proibido, é considerado permitido, mas ainda assim é necessário estar atento a algumas armadilhas.

08 – Quais os principais cuidados a serem tomados pelo internautas e candidatos?

Alek Maracajá – Lembrar de não deixar comentários sem moderação. Podem surgir crimes contra a pessoa nos comentários e o candidato terá responder por isso. Pode acontecer também de o candidato ser obrigado a dar direito de resposta a um concorrente. Também não podem haver enquetes dentro de blogs, e que pedidos de voto através do Twitter serão investigados. Além disso, sites registrados por pessoas físicas onde haja exploração financeira da campanha serão considerados como pessoa jurídica.

Veja o que fica proibido na propaganda eleitoral para Internet, segundo a resolução 23.404 do TSE para as eleições 2014.

* Qualquer tipo de propaganda eleitoral paga.

* Propaganda, mesmo que gratuita, em sites de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, e em sites oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta.

* Venda de cadastro de endereços eletrônicos.

* Realização de propaganda via telemarketing, em qualquer horário.

* Realizar propaganda eleitoral na internet, atribuindo indevidamente sua autoria a terceiro, inclusive a candidato, partido ou coligação.

Responsabilidade do provedor

O provedor de conteúdo ou de serviços multimídia que hospeda a divulgação da propaganda eleitoral irregular será considerado responsável se ficar comprovado o prévio conhecimento do material publicado.

Além disso, o provedor também será responsabilizado se, após ser notificado da propaganda irregular, não tomar as providências cabíveis no prazo estipulado pela Justiça Eleitoral.


Fonte: Blog do Gordinho