quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Embrapa Algodão comemora 40 anos

A Embrapa Algodão promoveu ontem em Campina Grande o 'Dia de Campo', com a participação de produtores rurais, artesãos e cooperativas para difundir produtos e tecnologias criados pelos pesquisadores da instituição para melhorar a produtividade da agricultura familiar no semiárido nordestino. 

O evento integra a programação comemorativa dos 40 anos de atuação da Embrapa no Brasil e dos 37 anos de funcionamento da unidade em Campina Grande. 
Foram apresentados durante o encontro produtos e equipamentos desenvolvidos para incrementar a produção de culturas como algodão, amendoim, gergelim, mamona e sisal, além de tecnologias para manejo do solo. “O manejo de conservação de solo é uma necessidade em função de que a Paraíba é um estado que apresenta 70% de área desertificada. Estamos trabalhando desde 2011 nesse projeto e em 2014 vamos intensificar esse trabalho”, explicou Waldemilton Cartaxo, supervisor de transferência de tecnologia da Embrapa Algodão. Entre os projetos inovadores está a desencaroçadeira de mamona, equipamento movido através da adaptação de um pedal de bicicleta. 
“Ela permite ao agricultor familiar fazer o desencaroçamento de manona com a mão de obra de casa”, afirma Cartaxo. Também foram apresentadas a miniusina, a desencaroçadora de algodão, a prensa enfardadeira, e plantadeira de gergelim e além da peneira rotativa, máquina desenvolvida na Paraíba para o uso da mucilagem na alimentação animal. O dia de campo reuniu cerca de 40 produtores rurais e 20 artesãos, além de representantes de empresas locais de transferência de tecnologia e cooperativas de assistência técnica.
 “O dia de campo é um momento de sensibilização, de mostrar o que está se fazendo e abrir novas parcerias, mostrando que a tecnologia está pronta para o perfil do agricultor familiar do semiárido”, explicou Waldemilton Cartaxo, supervisor de transferência de tecnologia da Embrapa Algodão. Para o produtor rural Geneton de Luna, presidente de uma cooperativa, as inovações propostas pela Embrapa contribuem para evitar que o homem do campo abandone a produção rural em tempos de estiagem. “Temos a Embrapa como um grande parceiro, Seria muito difícil produzir sem esse tipo de tecnologia e sem essa contribuição muita gente já teria migrado da zona rural porque não teria como sobreviver”, afirmou.
 Cooperativas de outros estados, como a de produtores de algodão de Surubim-PE, também participaram. A programação contou ainda com palestras e a realização de uma visita aos campos de sisal, algodão e mamona e ao Laboratório de Fibras e Fios instalados na sede da Embrapa Algodão, no bairro do Centenário.

 Fonte:JP/OlhoD'águaOnline