quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Acionando a Secretaria de Educação para lidar com a falta de professor

Deixei claro à supervisora de ensino responsável pela minha escola que o problema da falta de professores precisava ser resolvido, porque prejudicava a todos
O professor não veio!”, me avisa a auxiliar de Educação, profissional que inspeciona os alunos e auxilia os professores nas atividades. A secretária da escola tenta ligar para alguns professores e pedir para que eles substituam o colega nas aulas do dia, mas não obtém nenhuma resposta afirmativa. Todos os substitutos já estão com as agendas cheias ou não foram encontrados. E lá se vai o diretor assumir a classe pela falta de professor novamente.

Vivi esse drama no início do ano por muitas e muitas vezes e, como é nossa responsabilidade garantir a permanência dos alunos na escola, tive que entrar em sala e dar uma atividade para a turma para não dispensar os alunos. Quando isso acontecia, geralmente era porque o docente que deveria dar aquela aula estava de licença médica ou não havia professores suficientes para assumir o número de classes da escola.
Mas até quando eu deveria suportar mais essa carga? Pois é, sempre chega o dia em que damos um basta e pedimos ajuda para alguém em uma boa conversa esclarecedora, não é mesmo?
E foi exatamente isso que eu fiz. Como o problema era recorrente na escola e, em grande parte das vezes, não conseguíamos solucioná-lo internamente, a nossa opção era acionar a Secretaria de Educação da cidade para buscar outras alternativas.
Entrei em contato com o órgão e contei que assumir uma sala toda vez que um professor falta descartava todas as possibilidades de eu conseguir ter um rendimento satisfatório em outras partes do meu trabalho e de os meninos aproveitarem o processo de aprendizagem, já que isso me pegava de surpresa quanto ao preparo de aulas. Durante esse tempo, eu também não conseguia atender às demandas da gestão da escola, como resolver problemas que precisam do meu respaldo junto à secretaria – lembro a vocês que não conto com a figura do vice-diretor da escola.
Dessa forma, eu formalizei as minhas preocupações com a Secretaria de Educação, buscando junto à supervisora de ensino responsável pela minha escola uma solução para esse problema. Eu deixei claro para ela que não poderia mais assumir as aulas quando não havia professores porque isso prejudica a tudo e a todos.
Como essa realidade não era só a da instituição na qual sou diretora e outros gestores já haviam reclamado da mesma questão, a Secretaria começou a criar medidas de contratação de substitutos. Além disso, também nos instruiu a dobrar o período de trabalho por professor em caráter emergencial para remediar o problema até que um novo concurso para contratação de professores seja realizado. Segundo eles, essa seleção acontecerá depois de saírem as licitações para contratação de empresas realizadoras de concurso, o que pode levar três meses ou mais.
Atualmente, na minha escola, esse problema está parcialmente resolvido. Hoje, não assumo mais aulas quando falta um professor, mas peço sempre aos docentes que se programem e me avisem caso tenham que se ausentar, para fazer um exame médico, por exemplo, porque só há uma professora substitua contratada.
E vocês, diretora e diretor, como lidam com a situação quando um professor falta e não é possível substituí-lo no dia? Como vocês buscaram soluções?
Beijos, Sonia Abreu

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