O
governador Ricardo Coutinho abriu oficialmente (10/09) a 4ª Conferência
Estadual de Meio Ambiente (Cema-PB), que nessa edição teve o desafio de
debater uma das principais preocupações ambientais do Brasil: a geração
e tratamento de resíduos sólidos. O evento aconteceu, no Espaço Gospel,
em João Pessoa. A comissão representativa de Piancó, teve como
coordenador o diretor municipal de Meio ambiente José Filho e seis
delegados.
A Conferência, a maior realizada no Estado até então, contou com a participação de 905 delegados de 122 municípios e elegeu 20 delegados para a Conferência Nacional do Meio Ambiente, prevista para outubro. O governador destacou, durante a abertura, que o evento vem em um momento delicado para o Estado, onde 80% dos municípios encontram-se em áreas de seca e em processo de desertificação e que intervenções ambientais são necessárias, como o projeto de revegetação das margens do Rio Paraíba, articulada com as comunidades ribeirinhas e com as prefeituras.
Falando
sobre o tema central da Conferência, Ricardo disse que há poucos avanços nas
políticas de separação de lixo e de destinação dos resíduos sólidos, uma responsabilidade
dos municípios. “Poucas cidades fazem a separação e as que fazem estão
regredindo no volume e na forma de captação dos resíduos. Como cidadão e como
governador, gostaria de ver esta situação em outro patamar, já que a equação
hoje não fecha”, alertou Ricardo.
Ele
disse que se o modelo atual de tratamento dos resíduos não for repensado, em
pouco anos teremos mais áreas ocupadas por aterros sanitários do que cidades.
“A lógica está muito desvirtuada, então, precisamos avançar nos programas de
separação para reciclagem, um mercado de milhões de reais que precisa ser bem
conduzido pelas prefeituras”.
Já
o secretário de Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia,
João Azevedo Lins Filho, disse que, apesar da responsabilidade sobre a coleta e
a destinação dos resíduos sólidos serem dos municípios, o Estado está
desenvolvendo o Plano Estadual de Recursos Sólidos. “Este será um instrumento
importante para servir como base para os planos municipais. Como a atribuição é
municipal, o Estado estará presente intermediando e coordenados estes
processos”, explicou.
O
diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, destacou
a importância do engajamento da sociedade nesta discussão, trazendo propostas
concretas para a execução do Plano Nacional. “Os governos, sozinhos, não terão
condições de resolver o problema, que é muito complexo. Temos visto a
participação de muitos municípios na Paraíba, o que é muito positivo para a
conferência”.
Hummel
disse ainda que a região deve se beneficiar do Inventário Florestal Nacional,
que está sendo realizado nos estados do Nordeste e que deve trazer ações
importantes para a Paraíba. “Haverá, por exemplo, a melhor utilização do manejo
da caatinga par a produção de lenha, uma atividade sustentável e que melhora a
qualidade de vida das populações locais”, exemplificou o diretor.
Fonte:http://www.paraiba.pb.gov.br/Piancóinfoco