Os secretários e
coordenadores de Procons estaduais e municipais do Nordeste, em sua
maioria, chegaram a uma conclusão: a aplicação de multas contra os
bancos não resolve os conflitos com os consumidores, seja em razão de
operações irregulares em operações de crédito, ou mesmo no cumprimento
da Lei das Filas.
Está em andamento um
estudo em nível nacional para que os Procons comecem a pedir a
interdição das agências, por 48 horas ou mesmo até por um mês.
Em julho, a Lei das
Filas na Paraíba completa quatro anos sem qualquer avanço em relação às
penalidades contra as instituições bancárias.
Anteontem, a Federação
dos Bancos (Febraban) reuniu os representantes dos Procons do Nordeste,
em Recife, mas o resultado foi decepcionante, como deixou claro o
secretário do Procon de João Pessoa, Helton Renê. O secretário postou
nas redes sociais questionando o resultado do encontro. “Resultado?
Muita retórica e nada de concreto. No final das contas, os Bancos
desejavam que fizéssemos uma lista com prioridades. Preciso dizer mais
alguma coisa?? Vamos engrossar nossas fileiras!!!”, postou. A reportagem
não conseguiu falar com ele ontem, até o fechamento da edição.
A opinião de Helton Renê
nas redes sociais é compartilhada pelo secretário geral do Procon de
Cabedelo, Francinaldo de Oliveira. De acordo com ele, os bancos não
estão muito preocupados com as multas, pois “não sentem no bolso”. “Tem
que reunir os Procons e partir para a interdição, fechar os bancos. Só
uma atitude mais drástica pode resolver essas infrações. Multa está
comprovada que não resolve. Tem que fechar, 48 horas, um mês. Multa não
está resolvendo”, enfatizou.
Do Portal Correio