A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e o Banco do Nordeste do Brasil promoveram
na manhã desta quinta-feira, 6, em Itaporanga, um encontro com os
sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais da região com o
objetivo de mostrar caminhos para o agricultor familiar regularizar ou
prorrogar sua dívida agrícola junto ao BNB.
O encontro ocorreu nas dependências da Câmara Municipal e foi articulado
pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Itaporanga. A
reunião contou com a presença de Maria de Lourdes, diretora da Fetag, e
Silvio Marcos, gerente executivo do Banco do Nordeste.
Durante sua palestra, o representante do banco mostrou que é possível o
agricultor familiar renegociar sua dívida com um abatimento de até 85%. É
possível também, segundo ele, o homem do campo que foi prejudicado pela
estiagem prorrogar sua dívida em até dez anos.
Sílvio Marcos pediu aos representantes sindicais que orientem os
trabalhadores rurais a procurar o banco e evitar que suas dívidas sejam
executadas judicialmente, o que acarreta constrangimento e dor de cabeça
para o homem do campo.
Durante o encontro, ele respondeu a perguntas dos trabalhadores,
esclareceu dúvidas e disse que o Banco do Nordeste tem instrumentos que
garantem a regularização da dívida agrícola dentro de condições
favoráveis ao devedor. “É importante que o agricultor regularizar sua
dívida para voltar a ter crédito e poder pegar dinheiro novamente no
banco e desenvolver suas atividades”, comentou Silvio Marcos, ao
informar que existe um Projeto de Lei tramitando no Senado que anistia
as dívidas de até 35 mil reais, “mas esse é um projeto que ainda vai
demorar para ser votado e, mesmo que seja aprovado, ninguém sabe se será
sancionado pela presidente Dilma, e o agricultor não pode trocar o
certo pelo duvidoso, e o mais seguro é procurar o banco agora e resolver
a situação”.
Maria de Lourdes, que é também presidenta do Sindicato dos Trabalhadores
e Trabalhadoras de Pombal, falou da importância do encontro para tirar
as dúvidas do agricultor sobre um dos problemas que mais atormentam hoje
o homem do campo que é o endividamento agrícola. Ela também expressou
sua satisfação com a presença maciça dos sindicatos regionais, são 19
entidades em todo o Vale, e a grande maioria esteve no encontro.
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